Animou aliados a reação do presidente Michel Temer
comparando sua relação com o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures à de Marcelo
Miller com o ex-chefe Rodrigo Janot, de quem era braço direito na Procuradoria
Geral da República quando se demitiu para "receber milhões" e atuar na defesa
da J&F/JBS de Joesley Batista. Para o requisitado cientista político Paulo
Kramer, "Janot está conseguindo o aparente milagre de unir, contra si, o
conjunto da classe política".
Mesma
moeda
Temer diz que a acusação o ofende tanto quanto seria
leviano supor que "os milhões" pagos pela JBS não seriam apenas do
ex-procurador.
Semente
de dúvida
Para Paulo Kramer, "o estranhíssimo acordo com a
gangue do Friboi plantou uma semente de dúvida sobre acordos de delação
premiada".
Consenso
trincado
O acordo tão favorável a Joesley & cia "também
trincou o que até pouco tempo atrás era um sólido consenso pró-Lava Jato", diz
Kramer.
Discurso
de defesa
Em sua fala, o presidente quis mostrar segurança
sob aspecto jurídico, e dar discurso para que os aliados o defendam. Pode ter
conseguido.
Delação
não basta
Para Arthur Lira, que lidera 47 deputados do PP,
não basta basear a denúncia contra Temer apenas na delação de Joesley.
Ex-presidente da CCJ, ele prevê, em princípio, "maioria tranquila para o
presidente." A briga na Câmara será mais política que jurídica, diz o
parlamentar.
Escapando
pela tangente
Temer está convencido de que Joesley armou toda a
delação com o único objetivo de se livrar, de uma só tacada, das cinco
investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal contra ele.
Claque
inédita
Michel Temer discursou no Planalto, encarando
Rodrigo Janot, cercado de uma centena de parlamentares e auxiliares de primeiro
e segundo escalões. Ao final foi aplaudido e ainda ouviu gritos de "bravo!".
Fonte:
Claudio Humberto
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