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sexta-feira, 19 de maio de 2017

"Propina gigante de Loures pode complicar Temer"


Na avaliação dos aliados do governo, o trecho mais grave da conversa de 39 minutos de Michel Temer com Joesley Batista, é quando o presidente destaca um deputado ligado a ele, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), para "ajudar a destravar" problemas do Grupo JBS no Cade, órgão que investiga cartéis. Desse contato com Loures resultou o acerto de propina que é recorde na história da corrupção em todo o mundo: R$500 mil semanais por vinte anos, totalizando R$480 milhões. 
Preso, passarinho pia 
Após a divulgação das imagens do flagrante da PF, a expectativa é que Rocha Loures será preso ao desembarcar da viagem a Nova York. 

Delação previsível
Quem o conhece diz que no primeiro minuto de prisão Loures vai entrar na fila dos acordos de delação. É onde mora o perigo para Temer. 
Não era tudo isso
Para o governo, na gravação, Michel Temer recomenda "tem de manter isso, viu?", após Joesley Batista dizer "tô de bem com o Eduardo". 
Conversa indevida
Para os aliados do governo, pior que a conversa foi o fato de Michel Temer tratar de assuntos inapropriados com um investigado. 
Bem escondido
Para gravar Michel Temer, Joesley Batista escondeu muito bem o gravador. Há vários anos, a segurança presidencial não permite a visitantes nem mesmo manter celular desligado no bolso 
Moleza na segurança
Na gravação, Joesley elogiou a Temer o fácil acesso ao Palácio do Jaburu. "Eu vim chegando e já foram abrindo o portão. Sem nome, sem nada"! Os seguranças foram informados da placa previamente. 
Temer tranquilo
Joesley pergunta ao presidente, na conversa, sobre a ação contra a chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Temer não parecia preocupado: "Lá eles têm consciência política". 
Cada dia sua agonia
Assim como Lula no mensalão, cuja renúncia se esperava após o depoimento-bomba do marqueteiro Duda Mendonça na CPI que investigava o mensalão, Temer celebrou outro dia sem renúncia.
Fonte: Cláudio Humberto

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