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terça-feira, 16 de maio de 2017

Clássico de Luchino Visconti

Marcello Mastroianni e Maria Schell em "Noites Brancas"
Foto: IMDb

Baseado em conto do escritor russo Fiódor Dostoiévski, o filme “Noites Brancas” (Le Notti Bianchi), também titulado “Um Rosto na Noite”, é uma bela obra de Luchino Visconti, realizada em 1957. Tenho o filme em minha coleção de DVD. Vencedor do Leão de Prata no Festival de Veneza, o filme é ambientado numa atmosfera onírica e poética, criada com maestria pelo autor italiano.
Em Livorno, numa noite de inverno, o solitário Mario (Marcello Mastroianni) conhece a ingênua Natália (Maria Schell), que chora à espera de seu grande amor. Nas noites seguintes, ele apaixona-se por ela, sem saber o que o destino reserva para eles.
O livro foi escrito em 1848, antes da prisão do autor. O personagem vaga errante pela “noite branca” de São Petersburgo. O título se refere a um fenômeno comum na Europa em que, mesmo à noite, o sol não chega a se pôr completamente, causando uma atmosfera onírica. Um encontro fortuito com a ingênua e também sonhadora Nástenka, que aos prantos, espera aquele a quem um ano antes tivera prometido o seu amor, muda a sua vida.
Interessante no filme a inclusão da canção "Mulher Rendeira", de Alfredo Ricardo do Nascimento, o Zé do Norte, conhecida por ser tema do filme "O Cangaceiro", de Lima Barreto, 1953. Está como música incidental. Nos créditos aparece como "O Cangaceiro", de Nascimento, pela Orquestra de Luiz El Grande. O fato é que uma canção brasileira está inserida na trilha de um filme europeu.

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