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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

"Sobre a exclusão da literatura portuguesa do currículo do MEC"



Por Paulo Eneas
O ensino de literatura portuguesa foi excluído formalmente do curriculum nacional. Dizemos formalmente por que na prática real da sala de aula ele já foi eliminado faz tempo. Da mesma forma como o ensino de literatura nacional já foi eliminado e substituído pelo ensino de uma pseudo-história literária do país. E a história nacional e universal propriamente ditas foram substituídas pela exibição de sequências temporais de exemplos de "luta de classes" e de "injustiça social" que marcam a vida no planeta.
O ensino da norma culta do idioma foi substituído pela relativização de sua importância por meio da consideração do falar natural iletrado como fato social a ser apreciado. Por sua vez, o ensino dos rudimentos de ciências naturais deu lugar à pseudociência do ambientalismo embalada na vigarice pedagógica da multidisciplinaridade e estudo do meio, que nunca serviram para ensinar ciência a ninguém. E até mesmo o rigor lógico formal aparentemente intransponível da matemática foi corrompido por estratégias falaciosas de ensino envolvendo "contextualização" como pretexto para não se ensinar a disciplina como ela deve ser ensinada e aprendida.
A esquerda transformou o sistema educacional brasileiro no pior de todo o mundo razoavelmente desenvolvido, matando no nascedouro de uma geração qualquer possibilidade de nos constituirmos como civilização. O sistema de educação nacional pública e privada serve tão somente para doutrinar segundo a agenda ideológica marxista da esquerda, para implantar e reforçar estereótipos de vítima social ou de culpa por dívida histórica, conforme o segmento de renda atendido, ambos devidamente apresentados sob o eufemismo de consciência social ou consciência crítica.
O objetivo último do sistema educacional brasileiro ao final do ciclo de estudos é que os educandos atinjam o mesmo padrão de idiotia de seus professores, que por sua vez já saem devidamente idiotizados das favelas de pensamento em que se transformaram os cursos de licenciatura das universidades brasileiras, incluindo as universidades públicas de mais prestígio.
No dia em que os brasileiros derrotarem a esquerda e conseguirem retomar as rédeas de seu destino na tentativa de se constituir como nação civilizada, coisa que ainda não somos e jamais seremos enquanto a esquerda estiver no poder, uma das primeiras medidas a serem tomadas será jogar no lixo tudo o que se fez e se produziu em termos de educação nas últimas duas décadas, pois nada do que foi feito nessa área nos últimos anos pode ser aproveitado. Pelo contrário, a nossa miséria civilizacional se explica em grande parte pelo crime continuado de lesa pátria que a esquerda vem praticando nos últimos anos desde que tomou de assalto o sistema de educação nacional, quando deu início à marcha rumo à idiotia que nos transformou em pária entre as nações.

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