"A espetacular ação de marketing da presidente
Dilma Rousseff para anunciar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti
deveria ter sido precedida de uma avaliação honesta do descaso do governo
petista com esse sério problema de saúde pública", afirma o deputado federal
José Carlos Aleluia diante das denúncias do prefeito de Retirolândia, André
Martins, nas redes sociais.
Em pleno surto de doenças, essa cidade do interior
da Bahia ficou 60 dias sem receber o produto que combate as larvas do mosquito
que transmite a dengue, a chikungunya e a zika. Depois de insistentes
cobranças, o larvicida que só pode ser adquirido pelos governos federal e
estadual foi fornecido à prefeitura de Retirolândia numa quantidade mínima.
"O governo do PT que anunciou uma espetacular
operação de guerra contra o Aedes aegypti só forneceu 20 pacotinhos do produto,
o que não deu nem para dar um a todos os 23 agentes de saúde de Retirolâdia.
Depois de 60 dias, segundo o prefeito, o larvicida fornecido não durou nem um
dia", assinala Aleluia.
De acordo com o líder democrata, a solução dos
servidores da Prefeitura foi pescar piabas e soltar nas cisternas infectadas.
Para piorar a situação, a Dires/Funasa já informou ao prefeito que não há
previsão para nova remessa do larvicida. "O que está acontecendo em
Retirolândia vem se reproduzindo em toda a Bahia e Brasil. O governo do PT não
tem compromisso com a realidade nem com a verdade. Eles vendem sonhos recheados
de mentiras, a exemplo do confeiteiro Rui Costa", afirma Aleluia.
Ao perceber várias lacunas na Medida Provisória de
combate ao Aedes aegypti, da Presidência da República, o deputado
democrata apresentou uma série de emendas. Entre elas, a que cria um
dispositivo que pune por crime de responsabilidade o agente público que se
omitir em aplicar as medidas previstas na MP. "Na Bahia, convivemos com a
omissão frequente da Embasa em resolver problemas criados pela própria
empresa".
Outro aspecto previsto nas emendas de Aleluia é
quanto ao estabelecimento de prazo para adoção de medidas, quando constatada a
existência de criadouros do mosquito em estabelecimentos privados. "Propomos o
prazo máximo de 10 dias, sob pena de criminalização e multa". O parlamentar
baiano também propôs a revogação do entrave legal no compartilhamento de
material genético dos vírus das doenças com instituições de pesquisas. "É
inadmissível que, num momento de esforço mundial para a erradicação de agentes
patológicos, o Brasil queira criar dificuldades à solução do problema".
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