O número de cubanos que migraram para os Estados Unidos nos últimos meses disparou, coincidindo com o
restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, segundo dados
divulgados pelo Pew Research Center, na quarta-feira, 7.
De outubro de 2014 a junho deste ano, 27.296 cubanos entraram nos Estados
Unidos, de acordo com números concedidos à instituição pelo Escritório de
Alfândegas e Proteção Fronteiriça dos Estados Unidos.
Esse número representa um aumento de 78% em relação ao mesmo período do
ano passado, quando 15.341 cubanos entraram nos EUA, e está muito acima do
total de entradas registradas em 2013, 2012 e 2011.
O grande aumento no número de cubanos que abandonam a ilha para chegar
aos Estados Unidos aconteceu nos meses imediatamente posteriores ao anúncio do
restabelecimento de relações, ou seja, entre janeiro e março de 2015.
Só nesses três meses, 9.371 cubanos chegaram à América, mais que o dobro
dos 4.296 registrados ao longo dos três primeiros meses de 2014.
A maior parte dos cubanos que migraram, dois terços, entraram no país pelo
Texas através do México, o que representa um aumento de 66% nas entradas por
este setor em relação ao ano anterior.
No entanto, o maior aumento em porcentagem aconteceu em Miami, onde o
número de entradas de cubanos passou de 2.992 nos nove primeiros meses do ano
de 2014 para 7.167 no atual ano, ou seja, um aumento superior a 100%.
Também houve a entrada de cubanos aos Estados Unidos pelas cidades de
San Diego, no estado da Califórnia, e Tucson, no Arizona.
Conforme a Lei de Ajuste Cubano de 1966, os cubanos que emigram aos EUA recebem um tratamento especial, com o
qual têm mais facilidades que aos imigrantes de outras nacionalidades. Depois
de um ano de residência no país, os cubanos podem solicitar a residência
permanente.
No entanto, nem todos os cubanos que desejaram entrar nos EUA
conseguiram, e a guarda costeira americana apreendeu 2.927 migrantes que
tentavam chegar por via marítima em 2015, por isso foram retornados a Cuba ou
enviados a outros países caso a alegassem que eram perseguidos pelo regime da
ilha.
O cálculo é dois milhões de pessoas de ascendência cubana vivem atualmente
nos Estados Unidos.
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