Vejam esta imagem. Já volto a ela.
Não tem jeito! Eu quero,
sim, que Eduardo Cunha e outros quaisquer respondam por seus atos, pouco
importa que pito toquem. Não sou Lula. Não sou petista. Não tenho moral
seletiva. Mas jamais vou me conformar que Rodrigo Janot e o Ministério Público
tenham transformado Eduardo Cunha na principal personagem do petrolão, um
escândalo protagonizado, obviamente, pelo PT. E as evidências desse absurdo vão
se acumulando. Querem ver?
Fernando Soares, o dito
Fernando Baiano, fez acordo de delação premiada. Dados que vazaram de seus
depoimentos, revelados pelo Jornal Nacional, complicam ainda mais a situação de
Cunha, sem dúvida. Baiano afirma que entregou no escritório do deputado, no
Rio, entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão, em dinheiro vivo. Seria parte da
propina de US$ 5 milhões relativa à contratação de navios-sonda da Petrobras.
Mas há mais do que isso.
Vocês se lembram que Lula criou uma imagem para o pré-sal, né? Seria, segundo
ele, um "bilhete premiado". Se Baiano diz a verdade, a família Lula da Silva
teve acesso especial ao prêmio. Por quê? O delator, que afirmou ter pagado
despesas da ordem de R$ 2 milhões de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, disse ao
Ministério Público que repassou outros R$ 2 milhões para uma das noras de Lula.
Como e por que foi
feito? Baiano trabalhava para que a OSX, empresa de Eike Batista, fosse
contratada pela Sete Brasil para a construção de navios-sonda da Petrobras. O
lobista recorreu então ao pecuarista José Carlos Bumlai, um polêmico amigão do
peito de Lula, que conseguiu mobilizar o chefão petista. Segundo Baiano, o
ex-presidente participou de reuniões.
O lobby de Lula tinha um
preço: um repasse de R$ 3 milhões para uma nora sua. Baiano diz que acabou
pagando R$ 2 milhões. Bumlai foi o intermediário da operação. Os dois simularam
um contrato de aluguel de equipamentos, com notas frias. Lula, claro!, disse
não ter nada com isso e que nunca autorizou Bumlai a negociar em seu nome.
Amigo-problema
José Carlos Bumlai (foto) é um amigão de Lula. Do
peito mesmo. Voltem à imagem lá do alto. Quando o Babalorixá era presidente,
havia uma foto do empresário na portaria do Palácio do Planalto com a seguinte
recomendação:
"O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na portaria Principal do Palácio do Planalto, devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância".
"O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na portaria Principal do Palácio do Planalto, devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância".
Pois é… Nem dona Mariza
Letícia teria tal privilégio, não é mesmo? Suponho que nem o ministro da
Fazenda ou o presidente do Banco Central. Se vocês clicarem aqui, terão acesso a uma
porção de posts em que o amigão do Poderoso Chefão petista aparece em situações
nebulosas.
Em 2010, o Incra comprou
terras suas para a reforma agrária. Uma perícia revelou um superfaturamento, em uma única
operação, de R$ 7,5 milhões. O homem, um pecuarista, participou da formação de consórcio
para a construção da usina de Belo Monte. Bumlai também aparece fazendo pressão para o Banco do Brasil patrocinar a
empresa de games de Lulinha. Mais: segundo Marcos Valério, aquele do mensalão,
foi o pecuarista que arrumou dinheiro para pagar um chantagista que ameaçava envolver
Lula na morte do prefeito Celso Daniel. Mais um pouco? Em 2013, mais da metade da dívida bilionária da usina de açúcar
álcool do amigão de Lula estava com o BNDES e o Banco do Brasil, dois entes
públicos.
Intimidade, pois, não
falta entre Lula e aquele que, segundo Fernando Baiano, intermediou uma propina
de R$ 2 milhões para uma nora do petista em razão do lobby que este fez em
favor de uma empresa privada.
Venham cá: quando Janot
determinou a abertura de inquéritos da Lava-Jato, havia contra os investigados
algo mais do que isso? Por que nem mesmo um inquérito existe para investigar
Lula?
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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