Por Percival Puggina
Enquanto a presidente vai lomba
abaixo, como um caminhão sem freio, saudando mandiocas e interessada no armazenamento
de ventos, o país, à deriva, colhe tempestades. No último dia 13, Dilma
vestiu-se de vermelho e foi a um evento da CUT. Ou seja, saiu de casa e foi
para casa. Eventos da CUT são dos raros em que ela consegue não ser vaiada.
Nessas oportunidades, o dito "coração valente" de sua excelência sai
de trás das cortinas, ganha coragem, recebe injeção de adrenalina e parte para
o ataque.
Falou do quê? Da imensa crise em que atolou o Brasil? Não! Essa
crise, para ela, acontece por fatores extramuros, galácticos, que não guardam
relação com a intimidade do governo, dos camaradas, dos companheiros e dos
partidos da base. São todos inocentes como ovelhinhas de presépio. Do Lulão ao
Lulinha. A economia, segundo Dilma, vai mal por aqui em virtude de não sei qual
urucubaca que se haveria abatido sobre a economia mundial.
Falso! Falso como um balanço da
Petrobrás petista. Falso como uma prestação de contas do governo. Falso como um
discurso do dindinho Lula. O World Economic Outlook do mês de julho, relatório
elaborado pelo FMI, atualizou as projeções de janeiro prevendo, agora, um
crescimento de 3,3% para a economia mundial. As economias avançadas, referidas
pela esquerda brasileira, como em estado canceroso terminal, têm evolução
positiva. EUA 2,5%, Área do Euro 1,5% (p.ex: Alemanha 1,6%, França 1,2%,
Espanha 3,1%, Portugal 1,7%), Reino Unido 2,4%. Os grandes desastres ficam por
conta de alguns parceiros bolivarianos do petismo, especialmente Venezuela,
Equador e Argentina os quais, como o Brasil, são conduzidos por inveterados
demagogos e bravateiros.
O PIB brasileiro vai cair 3% e
seu governo vive um diz e desdiz, um faz e desfaz, um decide assim e logo
decide assado, sem rumo nem prumo. Qual a atitude da presidente ante o país à
deriva? Segura o leme? Olha para a bússola? Ajeita a vela? Não. Dilma faz
negócios. Vende o governo em troca de apoios para permanecer no cargo. E faz
afirmações como esta: "Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia
limpa suficientes para atacar a minha honra?". Diante dessa pergunta
milhões de mãos se levantam, presidente!
E ela prossegue: "Lutarei
para defender o mandato que me foi concedido pelo voto popular, pela democracia
e por nosso projeto de desenvolvimento". Projeto de desenvolvimento com a
economia encolhendo três por cento neste ano? Força moral? O governo é um
catálogo sobre o que não se deve fazer na gestão pública! Dilma ainda preside a
República, é verdade. Mas a preside malgrado não se qualificar, pessoalmente,
para qualquer função na iniciativa privada onde se espere desempenho.
Fonte: "Mídia Sem Máscara"
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