Dirigente também defende BRT e Shopping Popular
e critica Azul Linhas Aéreas
O presidente da
Associação Comercial de Feira de Santana Marcelo Alexandrino (Foto: Reprodução) em entrevista no programa "Subaé
Notícias", na Rádio Subaé, na manhã desta quarta-feira, 28, defendeu a cobrança
de
estacionamento no Boulevard Shopping, criticou o cancelamento de voos da Azul Linhas Aéreas, e falou sobre obras do BRT e a construção do
Shopping Popular.
"Há muito tempo que
a gente se posiciona, de que o direito de propriedade no Brasil tem que ser
respeitado. O Shopping é um empreendimento privado e a decisão de cobrar ou não diz
respeito apenas ao Shopping. No meu entender, não cabe ao Poder Público, e isso
inclusive já foi referendado em todo o país, que não cabe ao Poder Municipal definir
como o Shopping
tem que cobrar. É um investimento privado, que paga todos os seus impostos, tem
sua área de estacionamento e é inclusive responsável cobrando ou não, pelos
carros que são colocados lá dentro", comentou Marcelo Alexandrino.
Ele contou
que "uma vez em conversa com a superintendente (Viviane Freire Esperidião) do Boulevard,
ela falou
que lá tem por volta de vinte ocorrências diárias e muitas pessoas pedem
ressarcimento. Então, se tem que ser responsável por um carro colocado ali e
não se tem o direito de cobrar?"
Disse
mais o empresário que "observo que a Prefeitura licitou e vai colocar
em prática a Zona Azul com todo apoio necessário do centro de Feira de Santana para se ter a
Zona Azul cobrando em uma área pública e se quer tirar o direito de uma área
privada de cobrar o estacionamento? Isso cabe ao Shopping tomar a decisão. Eles
devem se reunir com os lojistas e cabe a eles tomarem a decisão de como cobrar
para ser justos com o consumidor".
Marcelo
Alexandrino considerou também que "cabe ao Procon fazer a regulação dessa relação de
consumo, mas não ter uma lei que venha determinar como venha a ser feito. Na
minha opinião o juiz (Roque Rui Barbosa) está corretíssimo. Acho que a lei (aprovada pela
Câmara) é
inconstitucional e não é possível que no Brasil inteiro se possa cobrar
estacionamento e Feira de Santana não".
Atitude da Azul: involução
Sobre a decisão da Azul Linhas Aéreas de suspender os
vôos diários de Feira de Santana, o dirigente lamentou, porque "na realidade três
meses atrás eles mudaram o
roteiro de ir para Campinas, que sempre foi o desejo do empresariado de Feira
de Santana e entendo que era de interesse de todos na cidade, vôos para São
Paulo que é o grande centro comercial do país. Feira é uma cidade comercial e
possui profunda relação comercial com São Paulo, nas industrias ou comércio. Tinham voos
para Campinas em horários inadequados, mas mesmo assim incentivamos. Teve a
inauguração com vôo para Salvador que entendo que foi um vôo político e logo
depois em pouco tempo se colocou o vôo de Campinas. Em reunião com o diretor da
Azul, queríamos vôos noturnos na cidade, onde a aeronave permanecesse a noite aqui, mas por falta
de estrutura não ocorreu. A empresa disse que estava sendo baixo o custo da
passagem, mesmo com 85% de venda dos vôos. Então mudaram o destino para Confins,
continuamos dando apoio. No meu entender a Azul deveria cobrar um valor mais
lucrativo e mudar os horários. Haviam vários problemas como do avião não
conseguir fazer a curva e ter que ser puxado por um trator, o que foi motivo de
piada nacional. As instalações são realmente muito pequenas, dentre outras
coisas. Com a perca dos vôos estamos tendo uma involução, e (deputado estadual)
Zé
Neto sabe que estamos na luta para retomarmos o voo regular para São Paulo, que
acreditamos que seja o melhor pra Feira".
Paralisação lamentável
Sobre o projeto
BRT, Marcelo Alexandrino afirmou que "foi lamentável essa paralisação. Desde o
início de conversas e debates sobre o BRT, nós defendemos a posição de que se não
existe impedimento técnico, que a obra aconteça o mais rápido possível, pois se sabe que
vai causar transtorno, mas a obra parada por 50 dias e ver que não havia motivação alguma,
pois foi tudo aprovado... A gente não pode sofrer dessa forma, a cidade teve um impedimento
de 50
dias parada, comércio com 90% de perdas. Em reunião com os comerciantes da
área, ninguém é contra o BRT, não estamos entrando na questão se o BRT está no
processo correto ou não, entendo até que um projeto como ele é um embrião, tem
que crescer. Vi
críticas de que era melhor se o BRT fosse até o Tomba e eu também acho. Essa
disputa política só fez prejudicar o comerciante local, pois no nosso entender
nesses 50 dias a obra estaria bem avançada e os tapumes já mais recuados ajudando
no fluxo da avenida Maria Quitéria que é a grande solicitação do comerciante
daquela área e já teríamos tudo um pouco mais normal. Queremos que a obra
continue em tempo recorde para liberarmos o mais rápido possível a avenida".
Shopping Popular é necessário
- O Shopping Popular
é parte
do projeto Pacto da Feira cujo objetivo final é a reorganização do centro comercial
de Feira
de Santana. Então,
estamos juntos com a Prefeitura, e uma gama de entidades também envolvidos nesse processo.
Estamos junto à Prefeitura trabalhando há dois anos e meio para poder fazer
esse projeto. O Shopping Popular é um empreendimento necessário, ele vai dar
dignidade ao comerciante ambulante que está na rua Sales Barbosa e suas redondezas.
Vai
dar mais conforto, comodidade e segurança. É um verdadeiro projeto onde todo
mundo ganha, ninguém sai perdendo, e quando a obra estiver pronta e todos forem
transferidos, a área tem que ser totalmente restaurada, pois o Pacto da Feira
não acaba no Shopping Popular, ele acaba na reorganização do centro da cidade -,
considerou Marcelo Alexandrino sobre a questão
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