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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Presidente da Associação Comercial defende cobrança de estacionamento no Boulevard



Dirigente também defende BRT e Shopping Popular 
e critica Azul Linhas Aéreas 


O presidente da Associação Comercial de Feira de Santana Marcelo Alexandrino (Foto: Reprodução) em entrevista no programa "Subaé Notícias", na Rádio Subaé, na manhã desta quarta-feira, 28, defendeu a cobrança de estacionamento no Boulevard Shopping, criticou o cancelamento de voos da Azul Linhas Aéreas, e falou sobre obras do BRT e a construção do Shopping Popular.
"Há muito tempo que a gente se posiciona, de que o direito de propriedade no Brasil tem que ser respeitado. O Shopping é um empreendimento privado e a decisão de cobrar ou não diz respeito apenas ao Shopping. No meu entender, não cabe ao Poder Público, e isso inclusive já foi referendado em todo o país, que não cabe ao Poder Municipal definir como o Shopping tem que cobrar. É um investimento privado, que paga todos os seus impostos, tem sua área de estacionamento e é inclusive responsável cobrando ou não, pelos carros que são colocados lá dentro", comentou Marcelo Alexandrino. 
Ele contou que "uma vez em conversa com a superintendente (Viviane Freire Esperidião) do Boulevard, ela falou que lá tem por volta de vinte ocorrências diárias e muitas pessoas pedem ressarcimento. Então, se tem que ser responsável por um carro colocado ali e não se tem o direito de cobrar?"
Disse mais o empresário que "observo que a Prefeitura licitou e vai colocar em prática a Zona Azul com todo apoio necessário do centro de Feira de Santana para se ter a Zona Azul cobrando em uma área pública e se quer tirar o direito de uma área privada de cobrar o estacionamento? Isso cabe ao Shopping tomar a decisão. Eles devem se reunir com os lojistas e cabe a eles tomarem a decisão de como cobrar para ser justos com o consumidor".
Marcelo Alexandrino considerou também que "cabe ao Procon fazer a regulação dessa relação de consumo, mas não ter uma lei que venha determinar como venha a ser feito. Na minha opinião o juiz (Roque Rui Barbosa) está corretíssimo. Acho que a lei (aprovada pela Câmara) é inconstitucional e não é possível que no Brasil inteiro se possa cobrar estacionamento e Feira de Santana não".
Atitude da Azul: involução
Sobre a decisão da Azul Linhas Aéreas de suspender os vôos diários de Feira de Santana, o dirigente lamentou, porque "na realidade três meses atrás eles mudaram o roteiro de ir para Campinas, que sempre foi o desejo do empresariado de Feira de Santana e entendo que era de interesse de todos na cidade, vôos para São Paulo que é o grande centro comercial do país. Feira é uma cidade comercial e possui profunda relação comercial com São Paulo, nas industrias ou comércio. Tinham voos para Campinas em horários inadequados, mas mesmo assim incentivamos. Teve a inauguração com vôo para Salvador que entendo que foi um vôo político e logo depois em pouco tempo se colocou o vôo de Campinas. Em reunião com o diretor da Azul, queríamos vôos noturnos na cidade, onde a aeronave permanecesse a noite aqui, mas por falta de estrutura não ocorreu. A empresa disse que estava sendo baixo o custo da passagem, mesmo com 85% de venda dos vôos. Então mudaram o destino para Confins, continuamos dando apoio. No meu entender a Azul deveria cobrar um valor mais lucrativo e mudar os horários. Haviam vários problemas como do avião não conseguir fazer a curva e ter que ser puxado por um trator, o que foi motivo de piada nacional. As instalações são realmente muito pequenas, dentre outras coisas. Com a perca dos vôos estamos tendo uma involução, e (deputado estadual) Zé Neto sabe que estamos na luta para retomarmos o voo regular para São Paulo, que acreditamos que seja o melhor pra Feira". 
Paralisação lamentável
 Sobre o projeto BRT, Marcelo Alexandrino afirmou que "foi lamentável essa paralisação. Desde o início de conversas e debates sobre o BRT, nós defendemos a posição de que se não existe impedimento técnico, que a obra aconteça o mais rápido possível, pois se sabe que vai causar transtorno, mas a obra parada por 50 dias e ver que não havia motivação alguma, pois foi tudo aprovado... A gente não pode sofrer dessa forma, a cidade teve um impedimento de 50 dias parada, comércio com 90% de perdas. Em reunião com os comerciantes da área, ninguém é contra o BRT, não estamos entrando na questão se o BRT está no processo correto ou não, entendo até que um projeto como ele é um embrião, tem que crescer. Vi críticas de que era melhor se o BRT fosse até o Tomba e eu também acho. Essa disputa política só fez prejudicar o comerciante local, pois no nosso entender nesses 50 dias a obra estaria bem avançada e os tapumes já mais recuados ajudando no fluxo da avenida Maria Quitéria que é a grande solicitação do comerciante daquela área e já teríamos tudo um pouco mais normal. Queremos que a obra continue em tempo recorde para liberarmos o mais rápido possível a avenida".
Shopping Popular é necessário
- O Shopping Popular é parte do projeto Pacto da Feira cujo objetivo final é a reorganização do centro comercial de Feira de Santana. Então, estamos juntos com a Prefeitura, e uma gama de entidades também envolvidos nesse processo. Estamos junto à Prefeitura trabalhando há dois anos e meio para poder fazer esse projeto. O Shopping Popular é um empreendimento necessário, ele vai dar dignidade ao comerciante ambulante que está na rua Sales Barbosa e suas redondezas. Vai dar mais conforto, comodidade e segurança. É um verdadeiro projeto onde todo mundo ganha, ninguém sai perdendo, e quando a obra estiver pronta e todos forem transferidos, a área tem que ser totalmente restaurada, pois o Pacto da Feira não acaba no Shopping Popular, ele acaba na reorganização do centro da cidade -, considerou Marcelo Alexandrino sobre a questão

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