Por Raquel Sheherazade
Os terroristas do Estado Islâmico se superaram em matéria de desumanidade. Em mais uma demonstração de
barbárie explícita, a facção queimou vivo um piloto jordaniano que vinha sendo
mantido refém.
Os terroristas estavam em negociação com o governo jordaniano que já
havia concordado em trocar o refém por uma mulher bomba, militante do Estado
Islâmico e que era mantida prisioneira na Jordânia. O país pediu provas de que
o piloto estava vivo, mas não as teve. Muaz al-Kasasbeh já havia sido
assassinado há exatamente um mês.
Enquanto o Brasil envia inútil nota de condolências e os Estados Unidos
prometem redobrar a vigilância, o governo jordaniano jurou punição e vingança
contra os terroristas. Executou a mulher bomba Sadija Al Rishawi e outros cinco
extremista e o terrorista da Al-Qaeda, Ziyad Karboli. E outros quatro
extremistas ainda podem ser enforcados em retaliação ao assassinato do piloto
jordaniano.
Essa é a resposta que o mundo civilizado espera dos líderes mundiais.
Que não se permitam dialogar com extremistas, que não se acovardam diante do
terror, mas que combatam a barbárie do Estado Islâmico sem meias ações, nem
falsos humanismos.
Estamos diante de uma luta entre a civilização e a barbárie. E não se
vence uma batalha com retórica.
Há 70 anos, a Segunda Guerra Mundial chegava ao fim após seis anos de lutas
sangrentas e 50 milhões de mortos. Mas, ela não acabou com a invasão da
Alemanha e o suicídio de Hittler. O Japão, então, aliado dos nazistas, resistia
ao cerco dos americanos, e só assinou o acordo de paz depois da bomba atômica. Foi
aquela demonstração de poderio bélico o que, de fato, selou o fim da Segunda
Grande Guerra, desde a Europa até a Ásia. O bombardeio americano acabou sendo
um mal necessário, para poupar outras milhões de vidas e por fim ao
conflito que já durava muito tempo.
O mundo evoluiu, mas, não se iludam, ainda é regido por uma lei tão
antiga quanto a própria natureza. Só os fortes sobrevivem.
Para vencer o terror será necessário bem mais que bravatas, a força
definirá vencedores e vencidos. Pois ela é a única linguagem que os bárbaros
entendem.
E para os pseudo-pacifistas, que se apiedam de terroristas, mas são
incapazes de verter uma lágrima por suas vítimas, eu deixo o sábio conselho do
escritor francês, Victor Hugo.
"Quem poupa o lobo, sacrifica as ovelhas".
Então, para o bem das ovelhas, que comece a caça aos lobos!
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