Por Percival Puggina
A estratégia, agora, é apresentar
o PT que vemos como deturpação do PT de outrora, honrado defensor dos mais
elevados valores morais.
Que papo
mais furado (desculpem a vulgaridade da expressão)! Trata-se de pura
mistificação, para transmitir a ideia de que esse partido, no convívio de 35
anos com os demais alinhamentos políticos, descuidou-se e absorveu os maus
exemplos que estes lhe transmitiram. Quem comprar a tese, fica convencido de
que o PT, ao contrário das outras siglas, teve um passado límpido, com
cheirinho de talco Johnson para bebês, podendo voltar às suas boas raízes, como
novo filho pródigo. Os outros estão eternamente condenados. A salvação para o
Brasil, portanto, só poderia vir de um PT repaginado, saído do Photoshop. Dá-me
forças para viver!
Mais uma
vez, erro e falsidade. O PT sempre foi assim, como venho registrando desde
1988, quando comecei a escrever para as páginas grandes do velho "Correio do
Povo". Desde o início, o partido foi movido por um projeto de poder inspirado
nas piores e mais fracassadas teses políticas que a humanidade experimentou no
século passado. Na origem de suas concepções e condutas está, também, a essência
da perversão política: a regra de que os fins justificam os meios. Muitos de
seus principais dirigentes, antes mesmo de o partido existir, sequestravam
aviões, exigiam resgate, recebiam recursos de potências comunistas, viveram
décadas às custas do produto de assaltos que praticaram em dezenas de empresas,
joalherias e em mais de uma centena de agências bancárias.
Mesmo
antes de o PT existir, esses mesmos dirigentes estavam comprometidos com uma
visão perversa de Estado. Eram contra a democracia representativa, adversários
da economia de mercado, organizavam movimentos fora da lei, que afrontavam a
Justiça, a ordem pública e o direito de propriedade. Levaram à Constituinte de
1988 teses com o confessado e documentado objetivo de implantar no Brasil um
Estado socialista com enorme ingerência nas atividades econômicas e na vida
privada.
Em nenhum
momento de sua história, seja como partido oposicionista dedicado a assassinar
reputações, seja como condutor do governo, o Partido dos Trabalhadores mostrou
qualquer apreço pelas nações democráticas, pelas economias livres, pelos países
que prosperaram sob sólidas instituições liberais. Todo o apreço do PT fluiu,
sempre, para regimes totalitários, arautos do atraso e do subdesenvolvimento.
Durante o regime militar, os que deixavam o país buscavam refúgio no Chile
comunista de Allende, na Argélia de Boumédiènne, em Cuba de Fidel, e atrás da
Cortina de Ferro. Mantiveram e mantêm estreitas relações com os movimentos de
guerrilha e terrorismo comunista da América Latina, os quais foram convocados
por Lula e Fidel para integrar o Foro de São Paulo. No poder, a atração pelas
más companhias se voltou, também, para os piores líderes africanos, corruptos,
ditadores e genocidas. Faz e distribui sorrisos a governos fundamentalistas
islâmicos e jamais repreendeu um terrorista sequer.
A
corrupção que arrasou a Petrobras e fez jorrar dinheiro do Tesouro aos amigos
do rei e da rainha através do BNDES reproduz, em escala bilionária, o que
acontecia em muitas das primeiras prefeituras do partido nos negócios com
coleta de lixo.
Fonte: "Mídia Sem Máscara"
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