Por Reinaldo Azevedo
Quando se fala que o Hamas recorre a escudos humanos no confronto
com Israel, o que, obviamente, provoca um grande número de mortos, muitos
críticos da política israelense contestam o que é uma evidência. Dizem que essa
afirmação faz parte da máquina de propaganda de Israel. Será mesmo?
Abaixo, há um vídeo do dia 8 deste mês. Trata-se de uma entrevista
que o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, concede à Al-Aqsa TV, que é a
televisão do Hamas. Prestem atenção, em especial a partir dos 32 segundos. Traduzo na
sequência.
Assista ao vídeo: http://youtu.be/eQ6S0-o3uFI
A tradução
Entrevistador – As pessoas estão adotando o método dos escudos humanos, que foi bem-sucedido nos tempos do mártir Nyzar Rayan…
Entrevistador – As pessoas estão adotando o método dos escudos humanos, que foi bem-sucedido nos tempos do mártir Nyzar Rayan…
Porta-voz – Isso comprova o caráter dos nossos nobres, dos
nossos lutadores da Jihad. São pessoas que defendem seus direitos e suas casas
com o seu corpo e com o seu sangue. A política de pessoas que enfrentam aviões
israelenses de peito aberto, a fim de proteger as suas casas, provou ser eficaz
contra a ocupação (israelense). Além disso, essa política reflete o caráter dos
nossos bravos, que são pessoas corajosas. Nós, do Hamas, convocamos o nosso povo para que adote essa política, a
fim de proteger as casas palestinas.
Voltei
É estupefaciente! Aí está a confissão de que o Hamas adota a prática dos escudos humanos e, pior do que isso, faz dela uma política oficial. Só para esclarecer: Nyzar Rayan era um terrorista religioso do Hamas, que foi morto por Israel em 2009. Para se ter uma ideia: ele enviou um de seus filhos numa missão suicida, que matou dois judeus.
É estupefaciente! Aí está a confissão de que o Hamas adota a prática dos escudos humanos e, pior do que isso, faz dela uma política oficial. Só para esclarecer: Nyzar Rayan era um terrorista religioso do Hamas, que foi morto por Israel em 2009. Para se ter uma ideia: ele enviou um de seus filhos numa missão suicida, que matou dois judeus.
Assim, quando afirmo que Israel busca fazer o menor número de
vítimas entre os seus e que o Hamas procura fazer justamente o contrário, não
estou a dar uma mera opinião, com base em algum achismo ou em algum
preconceito. Sami Abu Zuhri, o porta-voz do movimento terrorista, está
dizendo que é assim mesmo. Como ele deixa claro, para o Hamas, a morte enobrece
e prova a grandeza dos que oferecem o próprio corpo e o próprio sangue para a
causa. Nessa perspectiva macabra, quanto mais mortes, mais, então, o movimento
teria do que se regozijar.
É assustador? É sim. Como se nota, não colhi essa informação no
material de propaganda "sionista", como gostam de dizer alguns tolos. Eu estou
aqui reproduzindo uma convicção e um credo do próprio Hamas. É fácil sair à rua
carregando a bandeira palestina porque, afinal, há 190 mortos de um lado e um
do outro. A questão é saber como se produziram esses cadáveres. Um dos chefões
deixa claro: trata-se de uma política da morte adotada pelo grupo. E eles
convocam a população a aderir. Israel avisa previamente quais são os alvos. A
ordem é ficar para morrer.
Nessa perspectiva, quanto mais cadáveres, melhor!
Fonte: "Blog
Reinaldo Azevedo"
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