Feira de Santana destacada
em publicação de circulação nacional dirigida, a revista "Estilo
Damha", editada em São Paulo, por Daniele Globo, com tiragem auditada de 19 mil exemplares. Na edição de
agosto/setembro, a matéria "A Arte do Sertão", assinada por Tathiana Miloso
e Dimas Oliveira,
sobre o artista plástico Gil Mário e sua arte levada às ruas da cidade, com o
Monumento ao Caminhoneiro e o monumento "Liberdade de uma Poetisa",
em homenagem a Georgina Erismann, autora do "Hino à Feira".
Ambos os monumentos foram implantados no segundo governo do prefeito José Ronaldo. Um, inaugurado em 15 de setembro de 2007; outro, inaugurado em 2 de dezembro de 2008.
A revista está iniciando circulação em Feira de Santana com os clientes da Damha e pode ser encontrada nas lojas da empresa e no estande montado no Boulevard Shopping.
(Leia íntegra abaixo).
Veja a revista no link:
A ARTE DO
SERTÃO
Feira de Santana se rende às linhas e cores de Gil
Mário,
artista plástico que
levou sua arte às ruas da cidade
Caminhar pelas ruas de Feira de Santana (BA) pode revelar
surpresas que vão além das percepções habituais provocadas pelos grandes
centros urbanos. A cidade, que é a maior do interior nordestino em população,
tem tudo o que se espera de um município com pouco mais de meio milhão de
habitantes: arranha-céus, vida noturna agitada, universidades importantes,
indústrias e comércio pujante.
Mas a “Princesa do Sertão”, como é carinhosamente chamada por seus
moradores, também surpreende por sua vocação para a arte, estampada em cores,
linhas e formas que embelezam a paisagem do semiárido baiano.
Um dos que contribuem para esse ar vanguardista de Feira de
Santana é Gil Mário, artista plástico nascido em Salvador que há mais de 50
anos se dedica à profissão. Suas telas e esculturas carregadas de manifestações
surrealistas, e famosas por expressarem sua paixão pela flora e fauna do
semiárido nordestino, tornaram-se objetos de desejo dos cidadãos feirenses
aficionados por arte. Mas sua obra não se restringiu às barreiras físicas
comuns da produção artística. Presença garantida em casas, prédios e galerias
da cidade, o trabalho de Gil atingiu uma nova dimensão ao extrapolar os espaços
internos para ganhar as ruas da cidade.
Os que circulam pela Avenida Presidente Dutra sabem bem o que isso
significa. Sobre a rotatória da Praça Jackson do Amaury, na região central de
Feira de Santana, um enorme monumento projetado pelo artista confere umar
pós-modernista à paisagem, mesclando o design futurista da estrutura metálica à
opulência do concreto armado.
Representando, respectivamente, a carroceria e a cabine de um
caminhão, as duas peças se integram para formar o "Monumento ao
Caminhoneiro", obra construída em 2007 para homenagear os milhares de
motoristas que cruzam as estradas baianas levando o progresso para o Estado e
para o Brasil.
A poucos quilômetros dali, novamente a paisagem semiárida é
ofuscada pela arte. Desta vez, uma escultura em homenagem à poetisa Georgina
Erismann salta aos olhos de quem circula pela Avenida João Durval Carneiro.
Na forma de duas asas alçando voo, a obra expressa a liberdade
criativa da célebre poetisa feirense, no momento da criação do hino de Feira de
Santana.
A autoria da obra? Gil Mário, que prefere atribuir à cidade o
mérito pela devoção à arte: "Feira de Santana ainda tem rasgos de memória
e retribui aos seus benfeitores, dando exemplo para as futuras gerações".
Palavras humildes, para quem tem talento de sobra.
AO
MESTRE, COM CARINHO (Box)
Gil Mário, artista consagrado em Feira de Santana
Aos 67
anos, Gil Mário também dedica seu tempo à Universidade Estadual de Feira de
Santana (Uefs), onde leciona desde 1976. Acostumado a corrigir dissertações e
trabalhos de conclusão de curso, o mestre se viu, por duas ocasiões, como tema
central de teses que estudaram sua obra.
Em 2011,
a dupla Ludimila de Oliveira e Dimas Oliveira defendeu, na monografia de
conclusão do curso de jornalismo da Unef, o trabalho "Onde os Pássaros Se
Escondem - Linhas e Cores da Obra de Gil Mário". No texto são apresentadas
a flora e a fauna a partir da perspectiva de formas e cores construída pelo
artista.
Um ano
depois, em 2012, a galerista Lígia Eugênia Marques Motta obteve o título de
Especialista em Artes Visuais, da Faculdade Senac, com a monografia "Gil
Mário - da Figuração à Abstração". Por meio de um catálogo visual, ela
apresentou os momentos mais significativos da carreira do artista, relacionando
seus trabalhos com as mais variadas técnicas.
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