Por Cesar Maia
Ao levantar a cena do crime, Sherlock Holmes perguntava sempre a Watson,
seu auxiliar: "A quem pode interessar?". Esta é a pergunta que deve
ser feita. A lista dos que não compareceram ou estavam presentes e não foram
votar traz algumas impressões digitais.
Os ditos de esquerda - PT e amigos - porque anteciparam o cenário
que terão quando da cassação dos companheiros João Paulo Cunha e Genoíno. A
decisão do presidente da câmara de deputados de não votar mais cassações até
que o voto deixe de ser secreto, paradoxalmente, dá a eles um instrumento para
esses casos: não votar isso até o final dos mandatos, em dezembro de 2014. Claro, há também o baixo clero, sempre solidário com..., o baixo
clero. Há também os tementes a condenações. Esses dois grupos, com a cobertura
dos deputados do PT que não votaram, se sentiram com força para se
"solidarizar" a eles. Mas há um quarto grupo que precisa ser
submetido à lupa de Sherlock Holmes: os que apostam na desestabilização. Para
os donos de currais eleitorais, tanto faz a opinião pública. Quanto mais
rejeição consciente à política, maior a chance de eles se reelegerem. E, junto
a eles, os que apostam na desestabilização, pela esquerda ou pela direita. A
investigação sobre a importância de cada grupo deve continuar. Mas identificar
sinais do quarto grupo –os desestabilizadores- é fundamental neste momento.
Fonte: "Ex-Blog do
Cesar Maia"
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