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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Médicos cubanos ou escravos profissionais?

Por Heraldo Rocha
Uma coisa muito me preocupa...essa pressa do governo federal em querer resolver todos os problemas do país de uma hora pra outra, às vésperas de ano eleitoral, é uma tomada de consciência da presidente Dilma ou uma guinada para reverter a baixa popularidade do PT a fim do prejuízo eleitoral não ser elevado demais ano que vem?
De uma hora para outra - mesmo com a reação generalizada de profissionais da área de Saúde, do Ministério Público principalmente do Trabalho e de diversos profissionais estarem questionando - o governo anuncia como fato consumado a contratação de 4.000 médicos cubanos para o programa Mais Médicos, para regiões em que simplesmente ninguém quer ir trabalhar.
Já tratei da questão da falta de infraestrutura dessas localidades, mas irei apena relembrar que o médico sozinho não resolve nada. Ele precisa de equipamentos para exames, laboratórios de análises clínicas, centro cirúrgico, medicamentos, auxiliares e diversas outras situação que os rincões mais distantes não possuem para o exercício com o mínimo de dignidade ao paciente requer e que não nos é facultado. Portanto, neste caso, não adianta oferecer salário de R$ 10.000,00 a um médico se o resto lhe é negado para o lídimo exercício da profissão.
Mas outra questão na contratação dos cubanos nos faz assustar: os médicos são contratados e o governo é quem recebe os salários e os distribui ao seu gosto. Isso se distribuir! Isso me parece o período da colonização do país onde levas e levas de trabalhadores escravos sem remuneração eram trazidos ao país. Vamos institucionaliza a escravidão pós moderna?  
A situação é tão surreal que o Ministério Público do Trabalho irá questionar a importação destes 4.000 médicos cubanos. A vinda dos cubanos foi anunciada após a primeira etapa de seleção do programa ter atendido somente 10,5% das vagas. Segundo o procurador José de Lima Ramos Pereira, que comanda no órgão a Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho, a forma de contratação fere a legislação trabalhista e a Constituição.
Diante de tal situação, já nem questiono mais a necessidade do Revalida -teste a que são submetidos médicos estrangeiros que quiserem trabalhar no Brasil -, a necessidade de compreenderem bem e saberem se expressar em português, já que vão lidar em áreas distantes e com diversas peculiaridades de linguagem e a falta de condições de atendimento.
Essa medida agora só pode ser atribuída ao desespero de um governo que, ao que parece, está prestes a ser apeado do Poder pelo voto popular. Porque, de popular, essa medida não tem nada. E, convenhamos, é uma medida ditatorial e que precisa ser denunciada a Organização Internacional do Trabalho (OIT) pelos órgãos competentes. E viva a liberdade!
* Heraldo Rocha é ex-deputado estadual, vice-presidente estadual e presidente municipal do emocratas de Salvador

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