No dia 25 de julho no Blog Demais, a postagem Arte elevando Feira de Santana sobre o artista plástico Gil Mário e sua arte ser motivo de matéria em revista editada em São Paulo e de circulação nacional dirigida. A revista é a "Estilo Damha", edição de agosto e setembro, que está iniciando circulação, e que traz texto – "A Arte do Sertão" - de Thatiana Miloso e Dimas Oliveira e fotos de Lígia Motta e ACM (Leia íntegra abaixo).
Trata-se de uma publicação bimestral da Damha Urbanizadora e distribuída a todos os clientes e moradores dos empreendimentos da empresa. É editada por Daniele Globo. A tiragem auditada é de 20 mil exemplares.
Veja a revista no link:
A ARTE DO
SERTÃO
Feira de Santana se rende às linhas e cores de Gil Mário,
artista plástico que levou sua arte às ruas da cidade
Caminhar pelas ruas de Feira de Santana (BA)
pode revelar surpresas que vão além das percepções habituais provocadas pelos
grandes centros urbanos. A cidade, que é a maior do interior nordestino em população,
tem tudo o que se espera de um município com pouco mais de meio milhão de
habitantes: arranha-céus, vida noturna agitada, universidades importantes,
indústrias e comércio pujante.
Mas a “Princesa do Sertão”, como é
carinhosamente chamada por seus moradores, também surpreende por sua vocação
para a arte, estampada em cores, linhas e formas que embelezam a paisagem do
semiárido baiano.
Um dos que contribuem para esse ar vanguardista
de Feira de Santana é Gil Mário, artista plástico nascido em Salvador que há
mais de 50 anos se dedica à profissão. Suas telas e esculturas carregadas de
manifestações surrealistas, e famosas por expressarem sua paixão pela flora e
fauna do semiárido nordestino, tornaram-se objetos de desejo dos cidadãos
feirenses aficionados por arte. Mas sua obra não se restringiu às barreiras
físicas comuns da produção artística. Presença garantida em casas, prédios e
galerias da cidade, o trabalho de Gil atingiu uma nova dimensão ao extrapolar
os espaços internos para ganhar as ruas da cidade.
Os que circulam pela Avenida Presidente Dutra
sabem bem o que isso significa. Sobre a rotatória da Praça Jackson do Amaury,
na região central de Feira de Santana, um enorme monumento projetado pelo
artista confere umar pós-modernista à paisagem, mesclando o design futurista da
estrutura metálica à opulência do concreto armado.
Representando, respectivamente, a carroceria e a
cabine de um caminhão, as duas peças se integram para formar o "Monumento ao
Caminhoneiro", obra construída em 2007 para homenagear os milhares de
motoristas que cruzam as estradas baianas levando o progresso para o Estado e
para o Brasil.
A poucos quilômetros dali, novamente a paisagem
semiárida é ofuscada pela arte. Desta vez, uma escultura em homenagem à poetisa
Georgina Erismann salta aos olhos de quem circula pela Avenida João Durval
Carneiro.
Na forma de duas asas alçando voo, a obra
expressa a liberdade criativa da célebre poetisa feirense, no momento da
criação do hino de Feira de Santana.
A autoria da obra? Gil Mário, que prefere
atribuir à cidade o mérito pela devoção à arte: "Feira de Santana ainda tem
rasgos de memória e retribui aos seus benfeitores, dando exemplo para as
futuras gerações". Palavras humildes, para quem tem talento de sobra.
AO MESTRE, COM CARINHO (Box)
Gil Mário, artista consagrado em Feira de
Santana
Aos 67 anos, Gil Mário também dedica seu tempo à
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde leciona desde 1976.
Acostumado a corrigir dissertações e trabalhos de conclusão de curso, o mestre
se viu, por duas ocasiões, como tema central de teses que estudaram sua obra.
Em 2011, a dupla Ludimila de Oliveira e Dimas Oliveira
defendeu, na monografia de conclusão do curso de jornalismo da UEFS, o trabalho "Onde os Pássaros Se Escondem - Linhas e Cores da Obra de Gil Mário". No texto são apresentadas a flora e a
fauna a partir da perspectiva de formas e cores construída pelo artista.
Um ano depois, em 2012, a galerista Lígia Eugênia Marques
Motta obteve o título de Especialista em Artes Visuais, da Faculdade Senac, com
a monografia "Gil Mário - da Figuração à Abstração". Por meio de um catálogo
visual, ela apresentou os momentos mais significativos da carreira do artista,
relacionando seus trabalhos com as mais variadas técnicas.
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