Por Augusto
Nunes
A carranca de Dilma Rousseff, eternizada no
vídeo de 25 segundos - assista http://youtu.be/sx-v7IXAbCo - , confirmou a regra sem exceções: a primeira vaia ninguém
esquece. Nesta segunda-feira, a presidente em campanha pela reeleição baixou em
Campo Grande para entregar 300 ônibus escolares, plantar promessas e colher a
gratidão dos prefeitos de 78 cidades de Mato Grosso do Sul beneficiadas pela
doação federal. Decerto confiantes nas pesquisas de popularidade encomendadas a
comerciantes de estatísticas, os organizadores do comício esqueceram de
providenciar uma plateia amestrada. E um ato de protesto que juntou centenas de
produtores rurais apresentou Dilma ao Brasil real.
O vídeo que já nasceu histórico só registra
os apupos que sublinharam a saudação do prefeito de Campo Grande, Alcides
Bernal, à "melhor presidenta do país". Foi o recomeço da vaia que teve início
quando o serviço de som anunciou a presença no palanque da superexecutiva de
araque e permearam a curta fala em dilmês primitivo, coerentemente encerrada
com um palavrório sem pé nem cabeça:
- Tem gente que acha que democracia é
ausência de uns querendo uma coisa e outros querendo outra. Não é, não.
Democracia é o fato de que há diferenças e de que a gente convive com elas,
procura um ponto de equilíbrio e resolve as coisas. Eu não tenho problema
nenhum, podem falar sem problema nenhum, só deixem eu concluir aqui o meu
finalzinho, que eu estou no fim.
O que estava no fim era a
discurseira. A convivência da presidente com o Brasil real mal começou. Foi só
a primeira vaia.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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