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terça-feira, 21 de setembro de 2010

"A prova dos noves"

Por Reinaldo Azevedo
Se você quer saber se o PT é mesmo um partido autoritário, que manda os princípios éticos às favas, pode prestar atenção, obviamente, aos discursos de Lula e ao modo como ele usa a coisa pública como se fosse assunto privado. Mas convenha: dado o poder que um presidente tem no Brasil, isso poderia ser manifestação lastimável de um estilo pessoal. Não seria, como coisa em si, a prova dos noves de um método.
A evidência do método surge quando se encontra esse mesmo padrão nas franjas do poder. Conforme revelou a Folha nesta segunda, “a Presidência da República usa funcionários públicos e equipamentos de TV oficial do governo federal para filmar comícios da candidata Dilma Rousseff (PT) que tenham a participação de Luiz Inácio Lula da Silva. A ordem é para que cinegrafistas e auxiliares da NBR gravem todos os discursos do presidente nos eventos da campanha eleitoral.”
É ilegal!
Um cinegrafista se negou a praticar a ilegalidade, foi advertido por um assessor de imprensa do PT que não tem autoridade funcional sobre ele e, ATENÇÃO!, FOI PUNIDO PELA EMISSORA. Foi advertido por “desobedecer ordens superiores da Gerência de TV e da Gerência Executiva de Produção da Diretoria de Serviços”. O PSDB decidiu recorrer ao Ministério Público Eleitoral para apurar o caso. Essa é a natureza do petismo: ou se obedece às leis ou se obedece às determinações do partido.
O que impressiona ainda mais nessa história é o fato de que a direção da emissora determinou que as equipes de filmagens eliminem os sinais que identifiquem a estatal: a camiseta e o colete dos cinegrafistas, a canopla, o adesivo colado à câmera… Cuidado com a lei? Não! Trata-se de uma forma de tentar esconder o crime.
A justificativa oficial é que estão fazendo um “banco de imagens”. Sei. E por que não fazer o “banco” também das candidaturas de Serra e Marina? Ah, porque Lula não participa delas. Logo, a emissora oficial, na melhor das hipóteses, serve ao presidente da República.
Como vocês devem se lembrar, Franklin Martins quis criar a TV Publica para evidenciar que uma nova ética estava em construção. Ninguém pode negar que ele tem razão, não é mesmo?
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

Um comentário:

Mariana disse...

E o pior é que já não sabemos mais quando a justiça deve agir e punir; talvez fôsse melhor nos perguntarmos contra quem a justiça deve agir.