Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

Orient CinePlace Boulevard 14 a 20

Orient CinePlace Boulevard 14 a 20
15 - 18 - 21 (Dublado)

domingo, 27 de junho de 2010

Tempo de TV e eleições

Por César Maia

A formação das coligações partidárias no Brasil para as eleições presidenciais é muito mais um processo de conquista de tempo de TV que de agregação política. Dias atrás, até o uso de tempo de TV do Senado foi motivo de atritos. Na verdade, uma questão inócua.
Realmente, o tempo de TV no auge do marketing político, até dez anos atrás, era um fator diferenciador pelo impacto que produzia. Vide os EUA, onde o tempo de comerciais na TV é comprado e, portanto, ilimitado. Os pontos eram o conteúdo e o efeito que produzia sobre o eleitor.
No Brasil, onde o tempo de TV é proporcional à quantidade de deputados federais, alguns partidos têm mais tempo que outros. E isso acirra a disputa por esse tempo.
Com as restrições dadas pelo regime militar, a introdução de tecnologia eleitoral na TV atrasou mais de 20 anos. A abertura do dique trouxe, ao mesmo tempo, essa tecnologia desenvolvida nos EUA e uma enorme atratividade para o eleitor. O tempo de TV ganhou importância, e vitórias eleitorais eram atribuídas aos publicitários (chamados marqueteiros), que passaram a ser estrelas nas eleições.
Mas a continuidade do uso da TV em propagandas partidárias e eleitorais foi acostumando o eleitor, e o desgaste progressivo dos políticos pós-democratização foi gerando desinteresse e menor impacto.
Nos últimos cinco anos, esse menor impacto dos comerciais políticos passou a ser percebido e analisado. Na eleição de 2008 nos EUA, este foi um fato comprovado, a ponto de a vitória de Obama receber um exagerado destaque pelo uso de redes na internet.
Com a minimização da emoção pela TV, surgem psicólogos sociais que oferecem técnicas de emocionalizar a comunicação política, com ou sem TV.
No Brasil, o menor impacto da TV a partir da eleição de 2006 ficou claro para os analistas atentos. Claro que os publicitários continuaram a insistir que depende da técnica e que não é bem assim. Afinal, é um mercado generoso. O uso da TV em campanhas passa a ser muito mais um elemento de informação geral que de mobilização. E, nesse sentido, a técnica continua importante. Claro que a técnica exclui os que não usam a definição de imagem adequada e os que comunicam de forma simplória.
No Brasil, um tempo de TV para presidente abaixo de dois minutos elimina o candidato por falta de exposição e informação. Acima de cinco minutos é inócuo e não agrega quase nada, mas pode servir para não dar fôlego aos menores.
Nos comerciais, melhor ainda para quem tem mais, pois elimina os com pouco tempo, por um ou dois dias por semana. No programa, a vantagem é zero: todos os demais juntos terão sempre muito mais tempo para distrair o eleitor.
* Artigo de Cesar Maia publicado no sábado, 26, na "Folha de S. Paulo"

3 comentários:

Mariana disse...

Acho que o tempo de TV deveria ser utilizado da forma que quase ninguém gosta, que é informar sôbre os programas de govêrno sugeridos, de forma séria, debater idéias e nada de presepadas, inclusive tendo o seu tempo cassado, quem mentisse.
SE o povo fôsse mais educado, mais esclarecido, deveria ser assim, já que o que se quer é eleger aquêle que melhor tem condições prá gerir um país, mas com um povo tão desinformado, infelizmente, o que conta é o tempo de aparição e mentiras que muitos dizem diante das câmeras, enganando o pobre coitado diante da TV.

Danilo Aguiar disse...

O meu partido PMDB tem um tempo significante na tv e isso contribuiu e muito para as nossas realizações, na Bahia conseguimos fazer a campanha do João em Salvador usando basicamente do tempo na tv , depois do horário político e das inserções comerciais o nosso candidato disparou e pesquisas internas comprovaram que a eleição passou a ser decidida quando a verdade foi confrontada com as mentiras dos nossos adversários com ajuda essencial do marketing televisionado.

Mariana disse...

Pois é, vem provar que muitas vêzes, o blá blá blá na televisão só serve prá enganar o povo e depois...tchau! O que foi que o João Henrique fez de tão bom em Salvador, que tem gerado tantos "Fora João"!?
N~~ao estou aí, mas sempre tenho notícias de amigos que falam bem mal do prefeito. Se ACM Neto tivesse sido eleito prefeito, com certeza teria feito bem mais, característica da família Magalhães, tratar Salvador e os soteropolitanos com todo o carinho e respeito.