Personagem em filme brasileiro: “O Xangô de Baker Street”
Thalma de Freitas e Joaquim de Almeida em "O Xangô de Baker Street"
Thalma de Freitas e Joaquim de Almeida em "O Xangô de Baker Street"
Foto: Divulgação
O cinema brasileiro também fez filme sobre Sherlock Holmes, personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle. Em 2002 foi exibido no Orient Cineplace, “O Xangô de Baker Street”, de Miguel Faria Junior, baseado no best-seller de Jô Soares.
O filme foi anunciado como uma comédia com enredo policial em que a graça é carioca, o humor é inglês, a finesse é francesa, a culinária é brasileira, o pai de santo é baiano e algumas piadas são de português. Para o diretor Miguel Faria Júnior, o filme é uma brincadeira com o cinema.
Interessante que Miguel Faria Júnior estava em Feira de Santana, em 1995, quando leu o livro homônimo de Jô Soares. Ele estava na equipe de “Tieta”, fazendo a produção executiva. Ele gostou do livro e o produtor Bruno Stroppiana o chamou para fazer o filme. Provavelmente por este detalhe o Dr. Watson (Anthony O'Donnel) do filme apareça de chapéu de couro e sandálias de tira. O personagem dá até a procedência regional, dizendo que os artigos que usa vieram do Nordeste.
O filme conta a chegada ao Brasil do famoso detetive inglês Sherlock Holmes (Joaquim de Almeida) e seu fiel auxiliar Dr. Watson, para investigar o roubo de um raríssimo violino, a convite do imperador D. Pedro II (Cláudio Marzo). A polícia brasileira já era ineficiente naquela época, critica o filme. O Rio de Janeiro de 1886 é reconstituído fielmente e tecnicamente o filme é impecável.
Os dois personagens criados por Conan Doyle são retratados caricaturalmente em sua visita fictícia ao Brasil. A brincadeira começa com Sherlock sendo interpretado pelo ator português Joaquim de Almeida - o filme é co-produzido com Portugal. A cidade vive a sua Belle Époque tropical, no período que antecedeu a Proclamação da República e a libertação dos escravos, misturando na trama figuras históricas como Sarah Bernhardt (Maria de Medeiros), Olavo Bilac (Marcelo Escorel), José do Patrocínio (Maurício Gonçalves) e Chiquinha Gonzaga (Malu Gally), além do já citado D. Pedro II e ainda aparece Jack o Estripador, que convivem com a galeria de personagens criados pelo humorista brasileiro, como a baronesa (Cláudia Abreu), o delegado desastrado (Marco Nanini), a mulata irresistível Ana da Candelária (Thalma de Freitas), e o desembargador, que é vivido por Jô Soares.
No calor carioca e às voltas com a cultura diferente, que envolve intelectuais de botequim, feijoada e vatapá, que Sherlock come de vez e tem um desarranjo intestinal, caipirinha - o filme sugere como a batida é inventada -, sedução da mulata, cannabis sativa e pai de santo, as vidas de Sherlock e Watson são afetadas para sempre. A de Dr. Watson inclusive quando ele incorpora a pomba-gira, entidade que no filme é apresentada como exu feminino.
O certo é que não se pode negar que a idéia original de Jô Soares, de trazer Sherlock Holmes para o Brasil, chega a ser interessante.
Interessante que Miguel Faria Júnior estava em Feira de Santana, em 1995, quando leu o livro homônimo de Jô Soares. Ele estava na equipe de “Tieta”, fazendo a produção executiva. Ele gostou do livro e o produtor Bruno Stroppiana o chamou para fazer o filme. Provavelmente por este detalhe o Dr. Watson (Anthony O'Donnel) do filme apareça de chapéu de couro e sandálias de tira. O personagem dá até a procedência regional, dizendo que os artigos que usa vieram do Nordeste.
O filme conta a chegada ao Brasil do famoso detetive inglês Sherlock Holmes (Joaquim de Almeida) e seu fiel auxiliar Dr. Watson, para investigar o roubo de um raríssimo violino, a convite do imperador D. Pedro II (Cláudio Marzo). A polícia brasileira já era ineficiente naquela época, critica o filme. O Rio de Janeiro de 1886 é reconstituído fielmente e tecnicamente o filme é impecável.
Os dois personagens criados por Conan Doyle são retratados caricaturalmente em sua visita fictícia ao Brasil. A brincadeira começa com Sherlock sendo interpretado pelo ator português Joaquim de Almeida - o filme é co-produzido com Portugal. A cidade vive a sua Belle Époque tropical, no período que antecedeu a Proclamação da República e a libertação dos escravos, misturando na trama figuras históricas como Sarah Bernhardt (Maria de Medeiros), Olavo Bilac (Marcelo Escorel), José do Patrocínio (Maurício Gonçalves) e Chiquinha Gonzaga (Malu Gally), além do já citado D. Pedro II e ainda aparece Jack o Estripador, que convivem com a galeria de personagens criados pelo humorista brasileiro, como a baronesa (Cláudia Abreu), o delegado desastrado (Marco Nanini), a mulata irresistível Ana da Candelária (Thalma de Freitas), e o desembargador, que é vivido por Jô Soares.
No calor carioca e às voltas com a cultura diferente, que envolve intelectuais de botequim, feijoada e vatapá, que Sherlock come de vez e tem um desarranjo intestinal, caipirinha - o filme sugere como a batida é inventada -, sedução da mulata, cannabis sativa e pai de santo, as vidas de Sherlock e Watson são afetadas para sempre. A de Dr. Watson inclusive quando ele incorpora a pomba-gira, entidade que no filme é apresentada como exu feminino.
O certo é que não se pode negar que a idéia original de Jô Soares, de trazer Sherlock Holmes para o Brasil, chega a ser interessante.
Um comentário:
Parece chato.
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