Dizem-me os leitores que ontem, mais uma vez (comentários semelhantes já chegaram antes), personagens da novela Viver a Vida fizeram propaganda - na verdade, esse tipo de inserção se chama “merchandising” e costuma ser pago — do filme Lula, O Filho do Brasil…
É, a coisa tá feia! O filme, como diz a moçada, “FLOPOU”. As forças vivas do petismo estão tentando dar um jeito de maquiar o desastre, mas está difícil. Já se fala até em sessões gratuitas para quem quiser ver, com ou sem filiação a sindicatos. Fiquei sabendo que, também no mercado pirata, o DVD é um micão. A frustração tem mais ou menos o tamanho da expectativa.
Já disse: quando eu vir o filme, farei uma análise mais acurada. De imediato, o que me parece é que não há Lula de mentira que consiga concorrer com o… Lula de mentira, entenderam? Nos trailers na TV, aquele ator forçando uma voz rascante, com a língua presa, remete à chanchada e ao humor, embora seja nítida a intenção dramática. Jamais haverá, por exemplo, um Lula como o saudoso Bussunda! A fala nesse trailer é qualquer coisa assim: “Marisa, eu só tenho medo de te perder”. Ah, convenham: é uma espécie de Fome Zero do cinema no grau zero do apuro artístico.
A própria novela de Manoel Carlos, que costuma ser um craque, certamente é muito superior a isso. A TV Globo deixou os brasileiros mal acostumados com o seu padrão de qualidade, jamais igualado, em seu gênero, nem pelo bom cinema. Imaginem quando se trata de mera hagiografia…
Vamos ver… Se o filme fosse o estouro que os petistas esperavam e prometiam, não acho que seria sintoma da possível vitória de Dilma. Do mesmo modo, não creio que a “flopada” seja um sinal de que ela vai perder. É só um sinal de que Lula não consegue transferir espectadores para Lula. Será que transfere os votos necessários para Dilma? Vamos ver. Há que se considerar que, nesse caso, o carisma dela também conta, né?
A família Barretão deveria ter imaginado que não há ficção de ficção que consiga superar a realidade de ficção. O filme teria estourado se o ator que finge ser Lula fosse o próprio Lula. Assim como, na vida real, Lula faz de conta que é Lula, entenderam?
3 comentários:
Nem simpatizante de Lula está indo ao cinema por que eu é que tenho que ir?
Enfim, alguém já pensou o que me ocorreu a algum tempo, já me imaginando viajando...não é possível que alguém com um pouco mais de inteligência, não tenha percebido que já a muito Lula não é mais aquêle sindicalista simples que ainda tenta mostrar ser, com pouca educação e que precisa fazer o uso de tantas metáforas prá se explicar. Hoje, oportunamente, ele ainda faz uso daquela sua imagem antiga, quando não usufruía das vantagens que o poder lhe proporciona, prá convencer os eleitores de que ainda é um dêles.
Quanto ao merchandising do filme, ontem, eu vi e acho que não deve convencer muito, já que as personagens que estavam naquela sala, combinando assistir ao filme, são tooodas muito patricinhas, nada humildes. Manoel Carlos faz questão de mostrar umas garotas e a mãe delas, como pessoas bastante superficiais e fúteis.
Falando em Marisa, se não tem sangue de barata, não aguentaria ver a anta e sua acompanhante em todas as viagens, o tempo todo...li no Cláudio Humberto que Sarney fez rasgados elogios à "candidata", que ela "...é a mulher ao lado do presidente Lula que tem demonstrado "coragem, decisões e exemplo". E Marisa, representa o quê? Está ao seu lado a quantas dezenas de anos? quase três. Deve ser bastante constrangedor prá ela, escutar tais elogios, ainda mais agora que os dois(anta e sua sombra)estão que nem corda e caçamba! Com meu marido, eu não gostaria nem um pouco.
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