Editorial do jornal "O Globo":
No primeiro mandato de Lula, houve dois atentados frustrados contra a liberdade de expressão e, em particular, a de imprensa, direitos da sociedade inscritos na Constituição.
Foram eles a proposta, maquinada no Ministério da Cultura, de uma agência (Ancinav) destinada a controlar a produção audiovisual do país, e a criação de um órgão paraestatal, o Conselho Federal de Jornalismo, idealizado com o objetivo de patrulhar as redações da imprensa profissional e independente.
Agora, no final do segundo mandato, e, talvez não por coincidência, às portas da campanha eleitoral, a ideia fixa de grupos do governo de acabar com a liberdade de imprensa volta a se manifestar.
Depois do contrabando liberticida incluído no “programa de direitos humanos”, e da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), virá mais uma investida antidemocrática, contra a imprensa, como noticiado domingo pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Trata-se da 2a Conferência Nacional de Cultura, agendada para março.
Este encontro, assim como o de comunicação, usa o mesmo kit aplicado, por exemplo, na Argentina, importado originalmente da Venezuela, para dar tinturas de legitimidade a propostas autoritárias de controle da mídia: fazem-se inúmeras reuniões regionais para que a militância discuta propostas.
Tudo encenação, pois apenas um lado é ouvido. Na Argentina, a manobra foi executada na formulação da Lei de Meios, sob medida para debilitar os dois maiores grupos independentes de comunicação do país, o “Clarín” e “La Nación”.
Aprovada por um Congresso controlado pelos Kirchner, a lei já foi em parte revogada pela Justiça, por inconstitucional. E o novo Congresso, de oposição, deverá pulverizá-la de vez.
Os mesmos alquimistas do autoritarismo que destilaram a Ancinav, no governo passado, atacam agora pelo método do assembleísmo militante. E novamente reaparecem chavões como “o controle social ” dos meios de comunicação, ataques ao “monopólio” no setor -, embora haja nele vários grupos em intensa competição.
Também como no “programa de direitos humanos”, usa-se o macete da “transversalidade” para permitir que, na formulação de uma política de cultura, se trate de censura à imprensa.
A sucessão de investidas contra as liberdades, originadas no governo Lula, faz lembrar o quão amplo foi o arco da aliança política que lutou contra a ditadura.
Nela também havia grupos autoritários de esquerda, não democráticos, que apenas queriam substituir uma ditadura por outra. Usavam a luta pela redemocratização como tática, contra um inimigo comum. São partidários dessa visão ideológica que, atuantes no Executivo, forçam o governo a assumir propostas inaceitáveis.
E Lula, pelo visto interessado em obter dividendos eleitorais dessas facções, nada faz para contê-las.
No primeiro mandato de Lula, houve dois atentados frustrados contra a liberdade de expressão e, em particular, a de imprensa, direitos da sociedade inscritos na Constituição.
Foram eles a proposta, maquinada no Ministério da Cultura, de uma agência (Ancinav) destinada a controlar a produção audiovisual do país, e a criação de um órgão paraestatal, o Conselho Federal de Jornalismo, idealizado com o objetivo de patrulhar as redações da imprensa profissional e independente.
Agora, no final do segundo mandato, e, talvez não por coincidência, às portas da campanha eleitoral, a ideia fixa de grupos do governo de acabar com a liberdade de imprensa volta a se manifestar.
Depois do contrabando liberticida incluído no “programa de direitos humanos”, e da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), virá mais uma investida antidemocrática, contra a imprensa, como noticiado domingo pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Trata-se da 2a Conferência Nacional de Cultura, agendada para março.
Este encontro, assim como o de comunicação, usa o mesmo kit aplicado, por exemplo, na Argentina, importado originalmente da Venezuela, para dar tinturas de legitimidade a propostas autoritárias de controle da mídia: fazem-se inúmeras reuniões regionais para que a militância discuta propostas.
Tudo encenação, pois apenas um lado é ouvido. Na Argentina, a manobra foi executada na formulação da Lei de Meios, sob medida para debilitar os dois maiores grupos independentes de comunicação do país, o “Clarín” e “La Nación”.
Aprovada por um Congresso controlado pelos Kirchner, a lei já foi em parte revogada pela Justiça, por inconstitucional. E o novo Congresso, de oposição, deverá pulverizá-la de vez.
Os mesmos alquimistas do autoritarismo que destilaram a Ancinav, no governo passado, atacam agora pelo método do assembleísmo militante. E novamente reaparecem chavões como “o controle social ” dos meios de comunicação, ataques ao “monopólio” no setor -, embora haja nele vários grupos em intensa competição.
Também como no “programa de direitos humanos”, usa-se o macete da “transversalidade” para permitir que, na formulação de uma política de cultura, se trate de censura à imprensa.
A sucessão de investidas contra as liberdades, originadas no governo Lula, faz lembrar o quão amplo foi o arco da aliança política que lutou contra a ditadura.
Nela também havia grupos autoritários de esquerda, não democráticos, que apenas queriam substituir uma ditadura por outra. Usavam a luta pela redemocratização como tática, contra um inimigo comum. São partidários dessa visão ideológica que, atuantes no Executivo, forçam o governo a assumir propostas inaceitáveis.
E Lula, pelo visto interessado em obter dividendos eleitorais dessas facções, nada faz para contê-las.
Um comentário:
Prá começar, acho que os jovens da UNE, que hoje optam pela estrela petista, tendo por pretexto tamanha bondade de Lula pelos pobres, deveriam antes de mais nada estudar um pouco sôbre o que se passou, saberem quem foi quem e o quê, prá então, poderem entender o que pode haver por trás de tanta "generosidade"...e o que pretendem de fato, quando engessam os bolsistas, cotistas e outros.
Lula jamais iria conter os petralhas aloprados envolvidos no PNDH3 que apenas tentam colocar em prática planos antigos de repressão àquêles contrários à uma espécie de ditadura cubana no país. Ainda hoje, escutei de um economista como será dureza para o próximo presidente, ter que segurar a economia, depois dessa farra de isenção fiscal, sem economizar no custeio do govêrno. "Uma bomba relógio" é como chamam dentre os economistas. Imagine a imprensa livre, à partir DÊSSE momento, mostrando aos brasileiros tudo o que eles querem esconder!!
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