Candidato da oposição de centro-direita, Sebastián Piñera derrotou hoje (domingo, 17) o governista Eduardo Frei e se elegeu presidente do Chile ao obter 51,61% dos votos, com 99% das urnas apuradas. A Concertación, coligação de Frei, estava no poder desde 1990. Os números têm como base a última parcial divulgada pelo Ministério do Interior, em que são reunidos os votos de 99,2% das 34.325 urnas montadas para o processo de hoje.
Aos 60 anos, Piñera é economista e fez mestrado e doutorado na mesma área. Ele trabalhou na Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), atuou como professor universitário e já foi senador e presidente do seu partido. A derrota do candidato governista representa a volta da direita chilena à Presidência pela via democrática 52 anos depois da vitória de Jorge Alessandri, em 1958.
Piñera também põe fim a quatro mandatos consecutivos da Concertação e se transforma no primeiro líder da direita desde o retorno do Chile à democracia, em 1990, após 17 anos do regime militar comandado por Augusto Pinochet (1973-1990).
3 comentários:
É uma esperança prá nós, que tal? Dimas, depois de Bachelet chegar aos 80% de popularidade e ser filha de um torturado e morto pela ditadura chilena e ela fazendo um ótimo govêrno, não conseguiu emplacar o seu candidato. Pode-se concluir que o povo de lá e mais inteligente e quer o melhor para o país. Seria ótimo se os brasileiros se mirassem nêsse exemplo.
Olha, outra coisa interessante do Chile (além da alternância democrática) é a realidade de um Estado eficiente, enxuto e que abriu a economia ao setor externo. O número de cargos comissionados que o presidente pode alterar é menor que um monte de prefeituras no Brasil (não precisa nem falar da máquina federal...). Ver em http://www.imil.org.br/blog/chile-estado-que-funciona-e-os-cargos-comissionados/
Falando em alternância democrática, me lembreram ontem, que FHC também fez uma transição super pacífica e com elegância...recebeu o seu sucessor em Brasília, três meses antes da posse, com toda a sua equipe, prá facilitar as coisas. Dimas, você imagina Lula tendo uma atitude dessas, quando chegar a hora da alternância, depois de ter cantado aquêle mantra diário contra a oposição? Eu, não.
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