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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Silêncio sobre crise na Uefs é preocupante

O protesto de professores e estudantes na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) foi tema de discussão entre vereadores, na sessão desta terça-feira, 19, da Câmara Municipal. Servidor efetivo e ex-prefeito do campus universitário, o vereador Justiniano França (DEM) disse que "independente das barreiras políticas, é preciso reconhecer o valor das universidades para o desenvolvimento de Feira de Santana e região", completando que “fico preocupado quando a comunidade se cala em meio à crise na Uefs”.
O líder da bancada governista na Câmara fez a leitura de uma carta aberta elaborada pelos docentes da Uefs, que mesmo mantendo as aulas normalmente, promoveram o Dia Estadual de Lutas em Defesa das Universidades Estaduais da Bahia.
Os professores se queixam do contingenciamento de recursos, no Orçamento Estadual, determinado pelo governador Jaques Wagner. O documento relembra a crise de 2005, exatamente por atraso no repasse de recursos, o que agora está sendo mais uma vez motivo de receio da comunidade universitária. Apenas sob forte pressão o problema foi resolvido, diz a carta aberta.
Na nota, a Associação dos Docentes da Uefs diz que o governo petista sucateia as universidades, suspende recursos, ataca a autonomia, não promove mudanças de nível, nem acata promoções de direito, dos servidores. Atividades acadêmicas estariam ameaçadas. “Vamos pressionar o governo Wagner, por mais verbas”, diz o documento.
Para os professores, os governos de Lula e Wagner usam dinheiro público “para beneficiar a quem criou a crise”. No documento, a Adufs diz que é preciso uma política econômica que recupere empregos e salários e políticas públicas, não corte de salários e de empregos. “Exigir mais recursos para a educação superior é uma prioridade. Nenhum dos últimos governos deu esta prioridade”.
Enquanto isso, a postura do reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana, José Carlos Barreto, neste momento em que a instituição enfrenta protestos de estudantes e professores, está sendo elogiada, inclusive pelo vereador Justiniano França, que admite não ter apoiado a eleição do reitor, disse que os bolsistas que estão ocupando a reitoria estão recebendo todo o apoio do reitor. “O professor José Carlos entende as necessidades dos alunos, que sem receber a bolsa (no valor de R$ 350,00 mensais), deixam de realizar uma série de atividades. É um momento crítico das quatro universidades”, afirmou.
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal)

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