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sexta-feira, 15 de maio de 2009

"Como será o jornalismo em dez anos?"

Está no Blog "Novo em Folha":
Este blog transcreveu os principais pontos de uma palestra dada pela diretora de conteúdo digital do Guardian, Emily Bell, em que ela prevê como será o jornalismo daqui a dez anos.
Para ela, os jornais impressos continuarão tendo espaço, mas não o principal espaço no futuro.
Além disso, o jornalismo de daqui a dez anos terá cinco características:
1. Irá até a audiência - em vez de esperar que as pessoas vão até tal site para ler ou assistir notícias, os jornalistas terão que levar suas histórias até o público. Isso significa, hoje, publicar as histórias no Twitter, no Youtube, Facebook, podcasts no iTunes etc. Em dez anos, essas plataformas poderão estar diferentes, mas o princípio será igual.
2. Jornalismo será em rede (networked) - Jornalistas terão que se envolver com leitores e espectadores em vez de apenas publicar e pronto. Terão que linkar e conectar leitores em outras histórias e pessoas interessantes, não necessariamente de sua própria empresa.
3. Jornalistas terão que ser confiáveis, fidedignos - Os leitores poderão – e irão – usar os comentários para colocar pingos nos is, acrescentar informações, desconstruir barrigas. O sucesso de um jornalista dependerá de seu conhecimento e de sua capacidade de escrever coisas com credibilidade.
4. Jornalistas terão que estar prontos para compartilhar informações sempre que as tiverem e da melhor forma para comunicá-las à audiência - Isso significa que eles terão que ter habilidades técnicas múltiplas para atuar em várias ferramentas e plataformas diferentes.
5. Não será mais possível jornalismo sem audiência - Graças ao avanço da tecnologia, quase todo mundo carrega gravadores e câmeras digitais e, assim, há "testemunhas digitais" em todos os cantos. É o famoso jornalismo colaborativo.
De onde tirar o dinheiro para sustentar esse jornalismo sempre-alerta e multimídia? Sobre isso, Bell disse o seguinte:
Notícias nunca foram lucrativas
Não faz sentido cobrar das pessoas para pagar por conteúdo online; elas não vão
Anunciantes não irão sumir
Apesar disso tudo, ela é otimista em acreditar que o jornalismo como profissão achará seu caminho para sobreviver – desde que haja pessoas apaixonadas por cobrir e comunicar a verdade sobre questões importantes que afetam nossas vidas.
Vida longa aos jornalistas apaixonados!

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