Discurso do presidente do Irã criticado na ONU

O Brasil criticou na terça-feira, 21, o discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad (Foto: Reprodução), durante conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre racismo. A atitude se dá a duas semanas da primeira visita do iraniano ao país. Ahmadinejad virá ao Brasil em 6 de maio.

O Itamaraty afirmou que ele diminuiu "a importância de acontecimentos trágicos e historicamente comprovados, como o Holocausto". Na nota, a chancelaria afirma que "o Brasil considera que manifestações dessa natureza prejudicam o diálogo necessário ao tratamento da questão da discriminação."

O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-Moon também criticou Ahmadinejad e afirmou que nunca havia presenciado um comportamento "tão destrutivo" como o do iraniano. Mesmo com a conferência esvaziada, o documento que pede o combate à xenofobia e ao racismo foi aprovado. O texto inclui referência à importância de não esquecer o Holocausto para que ele não se repita.

Não é a primeira vez que Mahmoud Ahmadinejad investe na tentativa de descreditar a ocorrência do Holocausto - massacre de mais de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) pelos nazistas - afirmando que o episódio foi "um mito".
A comunidade internacional tem criticado duramente o iraniano por ele ter sugerido que as mortes dos judeus na Segunda Guerra eram "uma lenda". Sua hostilidade contra Israel é tamanha que ele considera o Estado como "um tumor canceroso que deve ser erradicado".
Ele também já afirmou que não existe homossexualidade no Irã. "Nós não temos isto em nosso país", disse.

(Com informações de sites nacionais)