Artigo publicado no jornal "Folha do Norte", edição desta sexta-feira, 23
Por Renato Ribeiro
O processo de terceirização do rádio trata-se de um modelo de gestão administrativa de comunicação, onde os profissionais capacitados a trabalhar neste meio assumem o papel de condutores e organizadores dos modelos de apresentação, distribuição e comercialização de uma parte do material a ser veiculado na emissora.
A metodologia de trabalho funciona como um aluguel de espaço, um sistema de arrendamento. O radialista constitui uma empresa na área de publicidade, faz um contrato com a emissora como um cliente, pagando mensalmente uma quantia específica pela utilização do número de horas, assumindo no período arrendado toda a responsabilidade legal, comercial e trabalhista, ou seja, além de apresentar o programa, o radialista, tem como atribuição pagar a rádio, fazer um trabalho de marketing, cobrir os custos operacionais com pessoal, telefone e gerar lucros para que o negócio se torne rentável.
Este sistema tem obrigado o radialista a se tornar um empreendedor, empresário do setor. Obrigatoriamente os programas jornalísticos devem ser bem produzidos para atender as expectivas do anunciante e principalmente do ouvinte, que propicia uma fidelidade e audiência e permite a manutenção de toda uma estrutura.
Na prática, o sistema de terceirização no rádio permite uma maior abrangência em termos de ganhos financeiros para os comunicadores, além de propiciar uma considerável liberdade na linha editorial. Para os diretores e proprietários das emissoras o sistema é financeiramente viável, pois o faturamento é garantido. A responsabilidade dos radialistas aumenta, eles deixam de ser empregados e se tornam parceiros da empresa onde trabalham.
O lado prejudicial da terceirização está focado numa pequena parcela de arrendatários, que se aproveitam da democracia do sistema e saem vendendo suas opiniões, fazendo acordos escusos com políticos e pessoas desonestas, comprometendo a imagem da classe radiofônica e das emissoras. O jornalista Marcos Aurélio, coordenador do sistema Globo de Rádio no Rio de Janeiro, comentou que a terceirização é um sistema em decadência, pois, segundo ele, tira a identidade da rádio e cria várias opiniões. A tendência no futuro é que as emissoras assumam efetivamente os seus departamentos comerciais e paguem bons salários pelos bons profissionais.
* Renato Ribeiro é radialista e jornalista, apresentador do programa "Rádio Repórter" da Rádio Subaé AM. É chefe da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Feira de Santana.
A metodologia de trabalho funciona como um aluguel de espaço, um sistema de arrendamento. O radialista constitui uma empresa na área de publicidade, faz um contrato com a emissora como um cliente, pagando mensalmente uma quantia específica pela utilização do número de horas, assumindo no período arrendado toda a responsabilidade legal, comercial e trabalhista, ou seja, além de apresentar o programa, o radialista, tem como atribuição pagar a rádio, fazer um trabalho de marketing, cobrir os custos operacionais com pessoal, telefone e gerar lucros para que o negócio se torne rentável.
Este sistema tem obrigado o radialista a se tornar um empreendedor, empresário do setor. Obrigatoriamente os programas jornalísticos devem ser bem produzidos para atender as expectivas do anunciante e principalmente do ouvinte, que propicia uma fidelidade e audiência e permite a manutenção de toda uma estrutura.
Na prática, o sistema de terceirização no rádio permite uma maior abrangência em termos de ganhos financeiros para os comunicadores, além de propiciar uma considerável liberdade na linha editorial. Para os diretores e proprietários das emissoras o sistema é financeiramente viável, pois o faturamento é garantido. A responsabilidade dos radialistas aumenta, eles deixam de ser empregados e se tornam parceiros da empresa onde trabalham.
O lado prejudicial da terceirização está focado numa pequena parcela de arrendatários, que se aproveitam da democracia do sistema e saem vendendo suas opiniões, fazendo acordos escusos com políticos e pessoas desonestas, comprometendo a imagem da classe radiofônica e das emissoras. O jornalista Marcos Aurélio, coordenador do sistema Globo de Rádio no Rio de Janeiro, comentou que a terceirização é um sistema em decadência, pois, segundo ele, tira a identidade da rádio e cria várias opiniões. A tendência no futuro é que as emissoras assumam efetivamente os seus departamentos comerciais e paguem bons salários pelos bons profissionais.
* Renato Ribeiro é radialista e jornalista, apresentador do programa "Rádio Repórter" da Rádio Subaé AM. É chefe da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Feira de Santana.
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