Não tenho nenhum interesse particular nas eleições dos Estados Unidos. Mas, lastimo que os norte-americanos estejam prestes a eleger Barack Obama como presidente.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
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6 comentários:
Tudo tem um porquê, meu caro Dimas. E esse por que ficou sem resposta.
Por que você não gosta do Obama?
Deu no Blog Reinaldo Azevedo:
Por que Obama não pode mesmo cantar vitória
Um leitor manda uma questão interessante: por que se percebe um certo temor de que Barack Obama perca a eleição se todas as pesquisas o apontam como favorito? Bem, a resposta compreende múltiplos fatores.
Em primeiro lugar, há grande discrepância entre as pesquisas, mas nenhuma delas dá ao democrata uma vantagem avassaladora sobre o republicano John McCain. Mas não é só. O voto nos Estados Unidos não é obrigatório, o que torna a amostragem de eleitores para uma pesquisa muito mais difícil de ser definida do que no Brasil — e, por isso também, a margem de erro por lá costuma ser maior. Sigamos nas diferenças.
A eleição americana mistura sistema direto e indireto. De fato, vota-se num candidato, como numa eleição direta. Mas esse voto será convertido em delegados. É possível, numa disputa acirrada, um candidato ter o maior número de votos absolutos no país como um todo, mas ter menos delegados — e, nesse caso, ele terá perdido a eleição. Por isso a briga por alguns estados é tão grande. Veja-se o caso da Pensilvânia, que já estava entre os consolidados pró-Obama. Tem havido um expressivo crescimento de McCain — pronto: já não está mais tão consolidado assim.
A eleição neste ano traz incertezas que as do passado não viram. E isso se deve a Obama. Não descarto que possa haver certo racismo escondido — não no grau em que supõem os inimigos dos EUA: o sujeito diria ao pesquisador que vota em Obama, mas, na cabine, escolheria McCain porque não aceita um mestiço como presidente. Pode acontecer? Pode.
Mas me contam leitores do blog que moram nos EUA que pode haver um voto enrustido em McCain que também está relacionado à questão racial, mas de outra maneira: trata-se de eleitores americanos que consideram Obama inexperiente, que não gostam de sua plataforma, considerada excessivamente “liberal” (com o particular sentido que a palavra assume por lá), mas que têm receio de expressar isso em público para não ser tachado de racista.
Observem que estamos falamos de manifestações distintas de uma questão que diz respeito à raça: num caso, trata-se de racismo envergonhado mesmo; no outro, estamos falando de gente intimidada pela patrulha politicamente correta. E acredito que, de fato, não são poucos os casos assim. Até no Brasil você pode se ver obrigado a explicar que torce por McCain não por causa da cor da pele de Barack Obama ou de seu sobrenome.
Mais: estima-se que Obama levará para as urnas uma massa de eleitores, especialmente de jovens e negros, que normalmente não votariam. Se essa gente realmente comparecer, ele tem a chance de ter uma vitória que pode ser esmagadora. Se, no entanto, os eleitores de Obama fizerem como aquela parcela dos eleitores de Gabeira — mesmo havendo voto obrigatório por aqui —, alguns estados podem lhe reservar uma amarga surpresa.
No Brasil, pesquisas sérias que apontassem diferença entre 6 e 10 pontos entre dois candidatos dificilmente seriam desmentidas pelas urnas no que diz respeito ao resultado. No máximo, pode-se errar o centro do número, com os candidatos ficando nos extremos da margem de erro. Nos Estados Unidos, quando muito, elas servem para apontar tendência. E a tendência é a de que Obama vença.
Vão dizer que você é racista e preconceituoso por desejar a derrota de um negro e muçulmano.
Eu acho que não se trata de dimas ser racista ou não.
O que Dimas quis dizer é que, de fato, os Americanos são historicamente racistas.
Provavelmente, e por isso a rede globo de televisão está fazendo a completa cobertura das eleições, haverá surpresas significativas que deixará muita gente de boca aberta.
Está ai o porque do medo do Obama em não comemorar de antemão. Ele e como todos americanos sabem muito bem que se não segurar com pulso firme terão surpresas.
Nós temos que entender que lá nos EUA não é igual ao Brasil, que temos votos de cabresto. Lá a democracia é mais ascendente, e eles fazem de tudo para crescer mais o país, até mesmo apoiar guerras. Eu só lamento uma coisa, que certamente irá acontecer: O racismo vai falar mais alto nessas eleições. Podem apostar!
Lula disse: "Da mesma forma que o Brasil elegeu um metalúrgico, a Bolívia, um índio, a Venezuela, o Chávez, e o Paraguai, um bispo, seria um ganho extraordinário se a maior economia do mundo elegesse um negro".
E seria desastroso também. . . Não em termos racistas, mas em termos de preparação!
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