Fotos: Divulgação
Visão de "A Grande Feira", de Roberto Pires, 1961. Drama que é um dos pioneiros do cinema baiano e também um dos precursores do Cinema Novo. Geraldo D'el Rey recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo como Melhor Ator, em 1963.
Na trama, o marinheiro Ron (Geraldo Del Rey) chega à Salvador para conhecer a feira de Água dos Meninos (hoje, feira de São Joaquim), e logo é enganado pela prostituta Maria da Feira (Luiza Maranhão) e agredido pelo marginal Chico Diabo (Antonio Luís Sampaio, que ainda não era conhecido como Antonio Pitanga), amante e gigolô de Maria. Apesar disso, Ron não consegue tirar o novo interesse amoroso da cabeça. Ele também se envolve com a milionária Ely (Helena Ignez), que é casada e frequenta com duas amigas (Maria Adelia e Sônia Noronha) o cabaré dirigido por Zazá (Roberto Ferreira).
Outras tramas se entrelaçam, como os feirantes enfrentando a ameaça de despejo por uma empresa imobilária e lutando para não perder o terreno, pois causaria milhares de desempregados.
A condição feminina, a demagogia eleitoreira, a discriminação, o preconceito racial, os conflitos de classes sociais entre ricos e pobres são retratadas no ambiente miserável e corrupto.
Glauber Rocha está presente no elenco - aparece como frequentador do cabaré - e foi o produtor executivo do filme, realizado por Rex Schindler e Braga Neto, que tem fotografia de Helio Silva e trilha musical de Remo Usai.
O cordelista e trovador Cuíca de Santao Amaro abre e fecha o filme. Riachão aparece cantando "Tá no Tabuleiro" no cabaré. Também aparecem os artistas plásticos Calazans Neto, Genaro Carvalho (uma tapeçaria de sua autoria decora escritório), Renot e Sante Scaldaferri, assim como e ensaísta e crítico de cinema Walter da Silveira (como dono de bar) e outros nomes do cinema baiano: Agnaldo Azevedo, David Singer, Leão Rozemberg, Milton Gaúcho, Orlando Senna, Oscar Santana, Walter Webb e o diretor Roberto Pires.






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