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Quarta-feira, 17, às 18h30 e 19 horas

domingo, 11 de maio de 2025

Resenha do filme "Thunderbolts"

Agradecimento especial a Dimas Oliveira


Por Camila Lemos

Primeiramente um agradecimento a Dimas Oliveira, quem me presenteou com os ingressos e me possibilitou ter mais uma experiência cinematográfica. Dimas que além de um irmão em Cristo também é um grande amigo e inspiração de visão e entendimento de um grande amor comum, a arte!

Thunderbolts

Novo capítulo do Universo Cinematográficoda Marvel (MCU), trazendo para o centro da narrativa personagens que até então viviam à margem dos grandes eventos heróicos. Sob a direção de Jake Schreier, o filme apresenta uma equipe formada por figuras controversas, como Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes/Soldado Invernal (Sebastian Stan), Agente Americano (Wyatt Russell), Fantasma (Hannah John-Kamen), Treinador (Olga Kurylenko) e Guardião Vermelho (David Harbour), todos reunidos pela misteriosa Condessa Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus).

O filme tem um estilo visual que se distancia um pouco da paleta colorida e limpa típica dos Vingadores. Focando em fotografia mais sóbria, realista e crua, fazendo um casamento entre o drama e a ação que o filme deseja passar em suas entrelinhas. As cenas de ação são mais "pé no chão", com câmera mais próxima dos personagens, muita ação prática (menos efeitos exagerados) e movimentações rápidas, o que traz uma sensação de urgência e impacto física e ajuda o telespectador se identificar com a cena e se ligar a realidade do universo e a própria realidade. A iluminação é geralmente mais escura, com tons frios (azul, cinza, preto) para reforçar o clima tenso e como moralmente ambíguo do grupo.

Diretor: Jake Schreier, conhecido por filmes como "Cidades de Papel" e por dirigir clipes musicais com forte senso visual. Ele foi escolhido justamente porque consegue trazer um tom mais intimista e, ao mesmo tempo, dinâmico para histórias de personagens complexos. 

Roteirista principal: Eric Pearson, que já trabalhou em "Thor: Ragnarok" e "Viúva Negra". Pearson conhece bem o universo Marvel e sabe equilibrar humor com drama.

Produtor principal: Kevin Feige, claro, continua supervisionando tudo como presidente da Marvel Studios, garantindo a conexão do filme com a Saga do Multiverso.

Produtora executiva: Victoria Alonso também teve envolvimento nos estágios iniciais de planejamento (ela deixou a Marvel em 2023, mas influenciou parte do projeto).

Minha leitura pessoal 

Desde o momento em que fui presenteada com o ingresso, eu sabia que assistiria a esse filme. Então, no dia 4 de maio de 2025, fui viver essa experiência cinematográfica com meu namorado. A princípio, a expectativa era de um filme de ação típico da Marvel, com aquela ideia de heróis bonzinhos que nasceram para ocupar aquele espaço e o formato clássico da "jornada do herói". 

Com as últimas criações da Marvel, no entanto, as expectativas costumam ser incertas. Pode ser algo muito bom ou algo que não se encaixe tão bem, dado às mudanças que vêm acontecendo no universo. 

O filme se inicia apresentando os conflitos de Yelena Belova, todas as suas angústias sobre o passado e o futuro. Isso nos leva a refletir também sobre o nosso próprio caminho, especialmente considerando o passado obscuro da personagem. Esse sentimento se estende por boa parte do filme, mas se apresenta de formas diferentes, representando o passado de cada personagem envolvido.

Apesar do tom melodramático, não nos perdemos do cômico, o que traz um balanceamento mais realista e gera identificação. Até porque a vida não é composta por apenas um sentimento ou uma cor, mas sim por um caleidoscópio. Cada emoção traz um novo tom, traçando nossos altos e baixos ao longo do filme. 

Achei interessante como o filme não quis apagar o passado, mas sim dar novas oportunidades para um futuro diferente, talvez até ressignificar os sentimentos, sem deixar de preservar a identidade e a história de cada indivíduo.

Dada a missão, encontramos os demais personagens: Agente Americano, Fantasma, Treinador e Guardião Vermelho. A missão prometia encerrar todos os seus conflitos de uma vez só, apresentada como uma solução, mas na verdade arquitetada para a eliminação deles mesmos (se é que você me entende). Como todo bom filme de ação, as reviravoltas fizeram com que os coadjuvantes se envolvessem ainda mais nas próximas etapas de sua aventura. 

Durante essa missão, conhecemos Bob, uma figura que nos conecta de forma não apenas dramática, mas também artística e cinematográfica.

Preciso falar do Bob! 

Bob é um jovem, aparentemente com aquele estereótipo de "bom garoto", assustado, mas disposto, carregando ainda um ar de mistério e aquele sentimento compartilhado pelos demais personagens, medo e dúvida. 

É aí que nos vemos em um filme que apresenta personagens com passados duvidosos, falhas profundas e motivações pessoais conflitantes. O que fazer com esses passados e como construir um novo futuro seriam as dúvidas principais, mas o filme não se prende apenas a isso. "Thunderbolts" se passa nos Estados Unidos, palco constante de conflitos políticos, e também traz essa questão, como já víamos em "Capitão América", "Hulk" e até mesmo "Capitã Marvel". 

Podemos perceber claramente temas como manipulação política e o poder da informação governamental, e como isso pode afetar a todos. Assuntos como esses tornam a história mais profunda, sóbria e interessante, trazendo riqueza de detalhes, mas o filme ainda consegue casar isso tudo com a comédia clássica no estilo Marvel. 

Mesmo com toda essa informação, o filme conseguiu seguir uma linha que, para mim, foi bastante intencional. Poderíamos ter apenas mais um filme de ação com heróis, mas em "Thunderbolts" conseguimos criar novas conexões, identificar realidades e ver laços de amizade verdadeiros e significativos sendo desenvolvidos. 

A escolha de heróis mais humanos também me ajuddou a entender melhor as dores de cada um. Apesar de termos personagens que são de alguma forma super-humanos ou ciborgues, eles não perderam sua humanidade. São, primordialmente, gente comum bem treinada. 

Para mim, a mensagem mais bonita do filme é sobre rede de apoio. Num mundo em que doenças mentais como depressão e ansiedade afetam tantas pessoas, é importante aprender que quem caminha ao nosso lado pode nos ajudar a encontrar segurança e estabilidade.

E mais uma vez, ver que esses personagens não são mágicos ou extraterrestres nos ajuda a compreender que nem sempre precisamos de algo interdimensional para resolver um problema. 

Às vezes, respostas simples e humanas podem ser suficientes. 

Bob é um personagem que se desdobra, profundo, cheio de mistérios e, como disse antes, cheio de conflitos, como qualquer outro dos novos heróis. Descobrir que ele também precisa aprender a acreditar em sua própria mudança e valor nos mostra que, muitas vezes, nosso maior vilão somos nós mesmos, nossos conflitos internos e medos. 

Mas, apesar da sua força, eles podem ser dominados, especialmente quando estamos cercados pelas pessoas certas. 

Poderia falar muito mais sobre o filme. Realmente me marcou. 

Na situação atual em que me encontro, ele trouxe um sentimento nostálgico de tudo o que já vivi com a Marvel e também uma riqueza de psicologia e humanidade. 

Como estudante de Psicologia, não posso negar: me entreti do início ao fim, analisando cada conflito e as soluções funcionais propostas. 

Mas, diante de tanta informação, escolho parar por aqui hahahahah!


Camila Lemos é estudante de Psicologia

PS: O filme está em cartaz pela segunda semana no Orient CinePlace Boulevard, às 13h10, 15h45, 18h20 e 10h50.

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