Jack Palance e Ida Lupino em "A Grande Chantagem"
Fotos: IMDb
Charles
Castle (Jack Palance) é um ator de Hollywood de extremo sucesso, mas que dá
mais valor aos seus filmes como negócio mais do que como arte. Ele está imerso em
uma crise conjugal por conta de sua esposa idealista, Marion (Ida Lupino), que
discorda de sua posição em relação ao estúdio. Por sua vez, ele deseja poder recomeçar sua carreira com filmes menos comerciais e mais
artísticos. Com seu dilema ético e contra a vontade de seu agente
Nat Danziger (Everett Sloane), Castle decide não renovar o contrato. Então, ele é pressionado pelo chefe de estúdio, Stanley
Hoff (Rod Steiger), e manipulado em um encobrimento de assassinato - está envolvido no atropelamento com morte de uma
criança - para proteger a carreira. Uma acusação do mundo
amoral de Hollywood dos anos 50 e as consequências devastadoras sobre o ator.
Adaptação
de peça escrita por Clifford Odets, em 1949, com roteiro de James Poe, "A
Grande Chantagem", de Robert Aldrich, 1955, visto em DVD na noite desta quinta-feira, 30, é um filme noir, drama criminal que trata do preço da fama na
indústria cinematográfica. Integra a
caixa da Versátil "O Cinema de Robert Aldrich", com três DVDs que
reúne seis clássicos inéditos do diretor, todos em versões restauradas.
Faz referências a Adão e Eva, Macbeth (de William
Shakespeare), Al Jolson, Charles Chaplin, Elia Kazan, Jerome Kern, Stanley
Kramer, ao estúdio Metro-Goldwyn-Mayer.
No elenco,
além das atuações de Jack Palance, Ida Lupino, Rod Steiger e Everett Sloana, as presenças de
Wendell Corey, Shelley Winters e Jean Hagen, como femmes fatales, mais Ilka Chase
como colunista de fofocas.
Destaques
para a direção de Robert Aldrich (nominado para a Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza, em 1955, e ganhador do Leão de Prata do mesmo certame; também nominado pela revista "Cahiers du Cinéma", no mesmo ano), fotografia em preto e branco de Ernest Laszlo,
e trilha de Frank De Vol.
Na ambientação do filme,
uma pintura destacada, "O Pierrot" (1920), de Georges Rouault
(1871-1958), em exibição no Museu Stedelijk, em Amsterdã.
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