Rui
Barbosa (à direita) em visita à Biblioteca Municipal de Feira de
Santana, em 1919 - prédio na esquina da praça João Pedreira com avenida
Senhor dos Passos
Foi na Conferência de Feira de
Santana, proferida por Ruy Barbosa, depois de ser candidato a presidente da
República e perder, quando fez um périplo pela Bahia apoiando o candidato para
governador do Estado Paulo Martins Fortes, em 25 de dezembro de 1919, que ele
criou o epíteto de Princesa do Sertão para a cidade.
Logo no início, ele falou: "Se
houvesse de dar um nome a esta série de excursões, que, muito a pesar meu, vai
acabar, e já quase por momentos, chamar-lhe-ia eu ‘a minha viagem ao coração da
Bahia’; pois é o coração da terra flagelada o de que, com meus companheiros,
viemos todos à busca, nesta romagem pelos sertões e pelo recôncavo, de Vila
Nova da Rainha à Feira de Santana, da antiga corte sertaneja à bela princesa do
sertão".
Sobre a recepção que teve na cidade, Ruy disse na conferência: "... Realmente extraordinário quadro esse de anteontem, quando, ao cair da tarde, mas talvez ainda mais para o dia que sobre a noite, debaixo da abóbada celeste inteiramente azulada, na planura imensa dos gerais que a cercam, estendendo-se a perder de vista, através de uma atmosfera onde se advinhava o crepúsculo, que vinha esbatendo-se entre os primeiros vapores vespertinos, a cidade das graças do sertão emergia como que suspensa num sonho de riso, contentamento e harmoniosa ebriedade".
Disse mais, poeticamente, Ruy Babosa sobre Feira de Santana: "Diríeis que um caricioso impulso do chão a levitava suavemente para o ar, que uma atração misteriosa do espaço a chamava subtilmente para o céu, e que, librando-se, transportada, no ambiente, miragem de eflúvios da tarde, abrolhada em pétalas de beleza como a corola grandiflora de uma árvore do firmamento voltada para a terra, a donairosa capital sertaneja vogava numa evocação de luz, magnificência e energia vitoriosa".
Assim, Feira de Santana é Princesa do Sertão desde 1919, há quase 99 anos.
Sobre a recepção que teve na cidade, Ruy disse na conferência: "... Realmente extraordinário quadro esse de anteontem, quando, ao cair da tarde, mas talvez ainda mais para o dia que sobre a noite, debaixo da abóbada celeste inteiramente azulada, na planura imensa dos gerais que a cercam, estendendo-se a perder de vista, através de uma atmosfera onde se advinhava o crepúsculo, que vinha esbatendo-se entre os primeiros vapores vespertinos, a cidade das graças do sertão emergia como que suspensa num sonho de riso, contentamento e harmoniosa ebriedade".
Disse mais, poeticamente, Ruy Babosa sobre Feira de Santana: "Diríeis que um caricioso impulso do chão a levitava suavemente para o ar, que uma atração misteriosa do espaço a chamava subtilmente para o céu, e que, librando-se, transportada, no ambiente, miragem de eflúvios da tarde, abrolhada em pétalas de beleza como a corola grandiflora de uma árvore do firmamento voltada para a terra, a donairosa capital sertaneja vogava numa evocação de luz, magnificência e energia vitoriosa".
Assim, Feira de Santana é Princesa do Sertão desde 1919, há quase 99 anos.
Feira de Santana também vem sendo
chamada, principalmente no noticiário da TV Bahia, pelo equivocado diminutivo
de Princesinha do Sertão e até pelo pretencioso e desnecessário Rainha do
Sertão. Feira também é Princesa do Desenvolvimento, como quer o site
SkyCraperCity (www.skycrapercity.com).
Tem gente em Juazeiro que considera que Feira de Santana não está no sertão e
que Ruy Barbosa nominou a cidade erroneamente de Princesa do Sertão.
Princesa do Sertão foi marca de governo José Ronaldo de Carvalho e nomina várias competições esportivas de natação, motociclismo, rapel e sinuca. Também, com as variantes de Princesa e Princezinha, é nome de fantasia ou não de empresas de autopeças, retífica de motores, comércio de gás, corretora de seguros e concessionária de veículos, fábrica de gelo e sorvetes e empresa de transporte coletivo.
Mas, não é só Feira de Santana que tem o epíteto. Na Bahia, Caetité e Conceição do Coité também têm o mesmo cognome. Em Alagoas, a cidade de Palmeira dos Índios. No Maranhão, as cidades de Carolina, Caxias e Colina têm o epíteto de Princesa do Sertão. Em Sergipe, a cidade de Nossa da Glória. Em Pernambuco, é Serra Talhada. Em Minas Gerais, são duas cidades: Montes Claros e Uberaba. E até em São Paulo tem Princesa do Sertão, a cidade de São José do Rio Preto.
Princesa do Sertão foi marca de governo José Ronaldo de Carvalho e nomina várias competições esportivas de natação, motociclismo, rapel e sinuca. Também, com as variantes de Princesa e Princezinha, é nome de fantasia ou não de empresas de autopeças, retífica de motores, comércio de gás, corretora de seguros e concessionária de veículos, fábrica de gelo e sorvetes e empresa de transporte coletivo.
Mas, não é só Feira de Santana que tem o epíteto. Na Bahia, Caetité e Conceição do Coité também têm o mesmo cognome. Em Alagoas, a cidade de Palmeira dos Índios. No Maranhão, as cidades de Carolina, Caxias e Colina têm o epíteto de Princesa do Sertão. Em Sergipe, a cidade de Nossa da Glória. Em Pernambuco, é Serra Talhada. Em Minas Gerais, são duas cidades: Montes Claros e Uberaba. E até em São Paulo tem Princesa do Sertão, a cidade de São José do Rio Preto.
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