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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

"A guerra da CIA contra Trump"

Escrito por Cliffr Kincaid
Não se pode culpar Donald J. Trump por concluir que a CIA está atrás dele antes mesmo dele começar sua presidência. Os ex-funcionários da CIA, Michael Morell, Michael Hayden e Philip Mudd, todos o denunciaram. Além disso, o ex-diretor de operações da CIA, Evan McMullin, concorreu contra ele como um candidato presidencial independente.
O diretor da CIA nomeado por Obama é John Brennan (foto), que recentemente divulgou que votava no Partido Comunista (CPUSA) quando estava na faculdade. Ele foi contratado pela CIA assim mesmo, e rapidamente subiu na hierarquia, mesmo sabendo-se que o CPUSA era financiado por Moscou para encobrir as atividades de espionagem soviética.
A mídia não fez nenhum escândalo quando se soube disto e não houve nenhuma investigação da CIA de Obama.
Claramente, ter uma conexão de "inteligência" não significa que você é inteligente ou tem bom julgamento. Fazer "America First" não é um requisito para servir na CIA e em outras agências de inteligência. Você pode ter numerosos esqueletos em seu armário e até mesmo ser um transgênero. Se você tiver dúvidas, leia a "Diversity and Inclusion Strategy (2016-2019)" da CIA. É a obra-prima de Brennan.
O alinhamento de ex-pessoal da CIA que se opõe a Trump é impressionante, exceto quando você considera o fato de que a CIA tem o hábito de fazer as coisas erradas. O senador democrata Daniel Patrick Moynihan, ex-vice-presidente do Comitê Especial de Inteligência do Senado, declarou certa vez que "há um quarto de século, a CIA tem repetidamente errado sobre as principais questões políticas e econômicas confiadas à sua análise". Propôs um projeto de lei para abolir a CIA. O falecido tenente-general William Odom, então diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), disse que a CIA deveria ser dissolvida.
O crítico Michael Hayden, que atuou como diretor da NSA e da CIA, estava numa lista de "ex-oficiais de segurança nacional" das administrações republicanas que anunciaram que não votariam por Trump. Ele foi fotografado num banquete com o ex-analista da CIA e da NSA, Edward Snowden, que roubou e divulgou informações confidenciais e agora vive na Rússia. Hayden não pode ser culpado pessoalmente por essa traição. Mas Snowden e outros casos de espionagem devem ser considerados quando se julga a confiabilidade dos produtos da comunidade de inteligência, especialmente quando são transmitidos anonimamente pela imprensa.
Sob a manchete, "CIA Judgment On Russia Built On Swell Of Evidence", o New York Times relata que "muitos acreditam" que haja "evidência circunstancial esmagadora" de que os russos tentaram ajudar Trump. O jornal disse que "a conclusão de que Moscou executou uma operação para ajudar a instalar o próximo presidente é uma das análises mais coerentes por parte de agências de espionagem americana em anos".
Tais análises podem significar nada e podem, isso sim, desviar a atenção das autoridades efetivamente eleitos. Trump chama o veredicto sobre suposto envolvimento russo na eleição de "ridículo". Não seria o primeiro produto de trabalho ridículo da comunidade de inteligência. A CIA não conseguiu prever o "colapso" soviético, e então assumiu equivocadamente que o colapso era real e não uma enganação estratégica.
É significativo que o Washington Post, de propriedade do bilionário dono da Amazon, Jeff Bezos, tenha vazado a história sobre a CIA concluindo que os russos tinham de alguma forma se intrometido nas eleições americanas ao invadir computadores do Partido Democrata. Por coincidência a CIA tem um contrato de 600 milhões de dólares com a Amazon Web Services.
Katharine Graham, ex-editora do Post, fez um discurso em 1988 na sede da CIA, onde disse: "Vivemos em um mundo sujo e perigoso. Há algumas coisas que o público em geral não precisa nem deve saber. Eu acredito que a democracia floresce quando o governo pode tomar medidas legítimas para manter seus segredos e quando a imprensa pode decidir se quer imprimir o que sabe".
Se isto acontecia no tempo dela, como é possível  que tal relacionamento continue sob o proprietário de uma empresa que faz negócios com a CIA?
Curiosamente, o CEO da Amazon, Bezos, planeja assistir ao encontro do presidente eleito, Donald Trump, com executivos da indústria de tecnologia nesta quarta-feira em Nova York. Talvez Trump pergunte a Bezos se o Post está sendo manipulado por partidários políticos na Comunidade de Inteligência.
Trump tuitou, "Você pode imaginar se os resultados das eleições tivessem sido o oposto e NÓS tentássemos alegar intromissão russa? Seria chamado de teoria da conspiração! Ou "notícias falsas".
Em resposta às descobertas da CIA, o escritório de transição do Trump apontou outro erro: "Essas são as mesmas pessoas que disseram que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa".
A análise desacreditada concluindo que Saddam tinha armas de destruição em massa (WMD) está mais intimamente associada com o ex-diretor da CIA George Tenet. Tenet, que apoiou Clinton, havia dito ao presidente George W. Bush que encontrar WMD era uma "enterrada" (N. do T. - bela jogada de basquete quando o jogador “enterra” a bola na cesta). 
Ele foi fotografado dando um prêmio à analista de inteligência da então DIA, Ana Montes, que se descobriu ser uma espiã de Castro. Novamente, Tenet não é pessoalmente responsável por essa traição. Mas é um dos muitos casos de espionagem que corromperam a Comunidade de Inteligência.
O problema do presidente Bush era que ele não conseguiu limpar a casa na Comunidade de Inteligência antes da guerra.
Depois que ele assumir o cargo, Trump deve imediatamente limpar casa na CIA e outras agências de inteligência. Mas pode ser o caso que as acusações sendo dirigidas contra ele no momento atual sejam exatamente projetadas apenas para impedir que ele o faça. Se Trump limpar a casa, ele será acusado pela imprensa de tentar purgar os oficiais de inteligência que descobriram a evidência de um plano russo para eleger Trump!
O povo americano é refém de uma Comunidade de Inteligência cheia do que se chama de  "espiões". A situação é tão ruim que um artigo especial foi publicado sobre uma nova maneira de lidar com traidores. A ideia é proporcionar um "refúgio seguro" e um processo secreto de "reconciliação" para eles, sem ameaçar longas penas de prisão ou a pena de morte. Desta forma, o povo americano não ouviria nada sobre espiões sendo presos e o dano que eles causaram.
Sabíamos que a mídia escolheu seu lado na disputa presidencial. Agora estamos tendo evidências de que a CIA também escolheu o mesmo, até o ponto de se engajar num esforço óbvio para derrubar a presidência de Trump antes mesmo de começar.
Nota do tradutor: 
O autor, Cliff Kincaid, foi inicialmente contra a candidatura Trump, assim como Jeffrey Nyquist, Graça Salgueiro e eu, discordando de Olavo de Carvalho que desde o início apoiou Trump. Esta é a razão para uma explicação do Olavo de que "eram discordâncias entre amigos que ele muito prezava" citando nossos nomes especificamente.
Tradução: Heitor De Paola
Fonte: "Mídia Sem Máscara"

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