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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

"A ditadura politicamente correta cegou o Ocidente"

Por Giulio Meotti
Pode até parecer uma era dourada para a liberdade de expressão: mais de um bilhão de tuítes, postagens no Facebook e blogs todo santo dia. Mas, abaixo dessa camada superficial, a liberdade de expressão está recuando dramaticamente.
Estudantes da City University of London, domicílio de uma das escolas de jornalismo mais respeitadas da Grã-Bretanha, votaram a favor de banir três jornais de seu campus: The Sun, Daily Mail e o Express. O "crime" daqueles jornais, de acordo com a moção aprovada, é o de terem publicado histórias que criticavam migrantes, artigos "islamofóbicos" e tornar "as classes trabalhadoras, que tão orgulhosamente dizem representar, em bodes expiatórios". A University City, teoricamente um local dedicado à abertura e ao questionamento, se tornou a primeira instituição educacional ocidental a votar a favor da censura e do banimento de "jornais de direita".
Após o massacre na redação da revista Charlie Hebdo o cineasta David Cronenberg chamou assim essa autocensura: "uma grotesca e sinuosa correção política. "É um dos venenos ideológicos mais letais do Século XXI. Não se trata apenas de ser uma atitude de mente tacanha e ridícula, nos cega diante do Islã radical que está afadigando as nossas defesas mentais e culturais.
Os inúmeros ataques perpetrados por extremistas muçulmanos são testemunho de que o mundo multicultural no qual nos engajaram é uma ficção. O politicamente correto simplesmente encoraja os islamistas a elevarem ainda mais a importância de vencerem a guerra de autoria deles próprios. A tensão resultante foi e é alimentada pelas elites ocidentais, através de seu sentimento de culpa por conta do "colonialismo" imposto ao Terceiro Mundo.
"ISIS ameaça Sylvania" - uma exposição de arte destaca bichinhos fofinhos de pelúcia fazendo piquenique em um gramado, sem saber da presença de outros bichinhos de pelúcia, só que desta vez vestidos de terroristas carregando fuzis automáticos em uma colina logo atrás deles - é o trabalho da artista conhecida como Mimsy (sua verdadeira identidade não pode ser revelada). Os protagonistas desta série de quadros de caixas de luz compreendem uma família de bonecas representadas por bichinhos de pelúcia que habitam um vale encantado. Homens armados, vestidos de capangas do Estado islâmico, atacam os inocentes habitantes do vale, na escola e na praia, em um piquenique ou em uma parada do orgulho gay. Parece uma versão atualizada do Maus de Art Spiegelman, uma história em quadrinhos que retrata gatos nazistas e camundongos judeus durante o Holocausto.
Os que desejam ver aquele painel artístico na Mall Galleries, em Londres, terão que se consolar com o trabalho de Jamie McCartney, "The Great Wall Vagina", nove metros de órgãos genitais femininos, menos importantes e menos provocadores.
A corajosa obra de Mimsy, depois que a polícia britânica a definiu como "incendiária", foi retirada do programa deste evento cultural de Londres. Seus organizadores informaram aos proprietários da galeria que se eles quiserem colocar os quadros em exposição, terão que desembolsar US$46.000 para "proteger o local" durante os seis dias da exposição.
Sob esta ditadura politicamente correta, a cultura ocidental estabeleceu dois princípios. Em primeiro lugar, a liberdade de expressão pode ser restringida a qualquer momento se alguém afirmar que uma opinião é um "insulto". Em segundo lugar, há um malévolo padrão de dois pesos e duas medidas: as minorias, especialmente as muçulmanas, podem dizer livremente o que bem entenderem contra judeus e cristãos.
E assim veio a calhar que o time mais famoso do futebol espanhol, Real Madrid, retirou a cruz de seu emblema depois de um acordo comercial com o emirado de Abu Dabi. O símbolo cristão foi rapidamente descartado com o objetivo de agradar os patrocinadores islâmicos do Golfo.
Talvez em breve será requisitado que o Ocidente mude a bandeira da União Europeia - doze estrelas amarelas sobre um fundo azul - pelo fato de conter uma mensagem cristã em seus preceitos. Arsène Heitz, que a projetou em 1955, se inspirou na iconografia cristã da Virgem Maria com uma coroa e doze estrelas na cabeça: que mensagem desumana da "supremacia cristã ocidental"!
A correção política também está impingindo um imenso impacto sobre a atividade comercial em grande escala: a Kellogg's retirou a publicidade da Breitbart por "não estar alinhada com os nossos valores" e a Lego cancelou a publicidade no jornal Daily Mail, só para dar alguns exemplos.
Não deveria causar nenhum alarme o fato das empresas decidirem como bem entenderem onde anunciar seus produtos, mas é muito alarmante quando isso se dá por conta da "ideologia". Nós nunca ouvimos falar de empresas que tenham abandonado um jornal ou um Website por ele ser demasiado liberal ou de "esquerda". Se os regimes árabes-islâmicos seguissem esses pontos de vista, eles não deveriam então pedir as suas empresas que parem de fazer publicidade em jornais ocidentais que publicam artigos críticos ao Islã ou fotos de mulheres seminuas?
Bibliotecas dos campi americanos já estão afixando "advertências expressas" em obras da literatura: os alunos são alertados por exemplo, que a sublime Metamorfose de Ovídio "justifica" o estupro. A Universidade de Stanford até conseguiu dar um jeito de excluir Dante, Homero, Platão, Aristóteles, Shakespeare e outros gigantes da cultura ocidental do currículo acadêmico em 1988: ao que tudo indica, porque muitas de suas obras-primas são "racistas, machistas, reacionárias e repressivas". Este é o vocabulário da rendição ocidental diante do fundamentalismo totalitário islâmico.
A França removeu grandes expoentes como Carlos Magno, Henrique IV, Luís XIV e Napoleão, das escolas, para substituí-los por exemplo, pelo estudo da história do Mali e de outros reinos africanos. Na escola, as crianças são ensinadas que os ocidentais são Cruzados, colonizadores e "maus". Na tentativa de justificar o repúdio à França e à sua cultura judaico-cristã, as escolas têm fertilizado o solo no qual o extremismo islâmico se desenvolve e floresce sem obstáculos.
É uma questão de prioridades: ninguém pode negar que a França está sob cerco islamista. Na semana passada o serviço de inteligência da França descobriu mais uma conspiração terrorista. Mas qual é a prioridade do governo socialista? Restringir a liberdade de expressão dos "militantes" pró-vida. O Wall Street Journal chamou isso de "Guerra da França Contra o Discurso Antiaborto. "A França já conta com um conjunto de leis mais lenientes e liberais no tocante ao aborto. Mas o politicamente correto torna o indivíduo cego e ideológico". Em quatro anos e meio os socialistas reduziram a nossa liberdade de expressão e atacaram as liberdades públicas", assinalou Riposte Laïque (Website e movimento político).
Nos EUA, o mundo acadêmico está rapidamente fechando as portas a qualquer tipo de debate. Hoje em dia na Universidade de Yale professores e estudantes estão debruçados sob uma nova emergência cultural: "renomeação". Eles estão mudando o nome de edifícios com o intuito de apagar quaisquer vestígios da escravidão e do colonialismo - um revisionismo no estilo da Revolução Bolchevique da Rússia.
Em todos os cantos dos EUA e do Reino Unido, um ar de hostilidade está se espalhando em relação a opiniões e ideias que poderiam causar até mesmo uma pitada de angústia nos estudantes. O resultado é a ascensão do que um escritor como Bret Easton Ellis chamou de "Geração Fracote".
Os jihadistas estão obviamente sorrindo de orelha a orelha diante dessa correção política ocidental, uma vez que o resultado desta ideologia será a abolição do espírito crítico ocidental e uma reeducação surreal das massas através do aniquilamento da nossa história e um ódio ao nosso passado verdadeiramente liberal.
A Universidade de Bristol no Reino Unido acaba de ser alvo de duras críticas por tentar aplicar o "No Platform" (Política da União Nacional dos Estudantes do Reino Unido que impõe que nenhuma organização ou indivíduo proscrito possa discursar num palanque) em Roger Scruton devido aos seus pontos de vista sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Enquanto isso as universidades britânicas estão oferecendo palanques a pregadores islâmicos radicais. No universo politicamente correto, pensadores conservadores são mais perigosos do que defensores do ISIS. Boris Johnson, ex-prefeito de Londres, chamou esta distopia de "o Boko Haram do politicamente correto. "
Estudantes e professores da Universidade Rutgers em Nova Jersey cancelaram um discurso da ex-secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice. Estudantes e professores da Scripps College na Califórnia protestaram contra a presença de outra ex-secretária de Estado, Madeleine Albright, que de acordo com os manifestantes, é uma "criminosa de guerra".
O professor da Universidade de Nova York Michael Rectenwald, que atacou o politicamente correto e o mimo dos estudantes, foi recentemente expulso da sala de aula porque seus colegas se queixaram sobre a sua "incivilidade". O professor de estudos liberais foi forçado a se submeter à licença remunerada. "É uma alarmante restrição da liberdade de expressão que chega a ponto de não se poder nem fingir ser algo sem que as autoridades venham atrás de você nas universidades" ressaltou Rectenwald ao New York Post.
Não há melhor aliado do extremismo islâmico do que essa hipocrisia da censura liberal: na verdade, os dois querem suprimir qualquer tipo de crítica ao Islã, bem como qualquer defesa conceituada do Iluminismo Ocidental ou da cultura judaico-cristã.
A censura acontece não apenas nos enclaves liberais na orla marítima dos Estados Unidos, mas também na França. O Eagles of Death Metal - conjunto americano que estava se apresentando na casa de espetáculos Bataclan em Paris quando terroristas do ISIS invadiram o teatro e assassinaram 89 pessoas em 13 de novembro de 2015 - foi banido de dois festivais de música: Rock en Seine e Cabaret Vert. O motivo? Jesse Hughes, vocalista da banda, concedeu uma entrevista politica extremamente incorreta:
"Será que o controle de armas francês evitou que um único infeliz morresse? Eu acho que a única coisa que interrompeu o massacre foi a intervenção de alguns dos homens mais valentes que eu já vi na minha vida se atirando de cabeça no palco da morte com suas armas de fogo. Ao meu ver a única coisa que mudou na minha maneira de pensar é que talvez, até que ninguém mais tenha armas, todo mundo deveria tê-las. Porque eu nunca vi que alguém que tivesse uma fosse morto e eu gostaria que todos tivessem acesso a elas, eu vi pessoas morrendo que talvez pudessem estar vivas, não sei".
Depois do massacre cometido por jihadistas na boate gay Pulse em Orlando, o Facebook emitiu uma ordem pró-islâmica e baniu uma página da revista Gaystream, por ela ter publicado um artigo crítico ao Islã na esteira do banho de sangue. O diretor da Gaystream, David Berger, criticou duramente o diretor do Gay Museum em Colônia, Birgit Bosold, que disse à imprensa alemã que os gays deveriam ter mais medo dos brancos fanáticos do que dos extremistas islâmicos.
Jim Hoft jornalista gay, criador do blog Gateway Pundit, muito popular, foi suspenso do YouTube. O Twitter, um dos veículos desta nova intolerância, suspendeu a conta de Milo Yiannopoulos, um proeminente crítico gay do fundamentalismo islâmico - mas provavelmente não as contas de fundamentalistas islâmicos que criticam gays. O Twitter ainda formou um "Conselho de Segurança e Confiança." Ele faz lembrar o "Conselho para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício" da Arábia Saudita. Isso poderia ser uma inspiração para os mulás liberais?
Com efeito, poderia parecer uma era dourada para a liberdade de expressão. Mas debaixo dessa ditadura do politicamente correto, o único que "sai ganhando" é o Islã político.
Giulio Meotti, editor cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.
Publicado no site do Gatestone Institute.
Tradução: Joseph Skilnik
Fonte: "Mídia Sem Máscara"

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