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quarta-feira, 6 de julho de 2016

"A República do Mangue" e a família Magalhães na Flip



Por Jorge Magalhães
Não poderia ser mais gratificante a nossa modesta participação na 14ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, oportunizando o lançamento de A República do Mangue, o meu romance de estreia.
A história, que se passa numa ilha paradisíaca imaginária, e que tem como eixo central a depredação das florestas de manguezais pela ocupação desordenada do homem, agravada pela sanha criminosa do capital especulativo com a anuência do poder político.
Tendo como cenário a bucólica Paraty, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a Flip celebra o encontro de autores e editoras de todo o mundo, e abre espaços para debates, palestras e oficinas. Também propicia performances teatrais e musicais, simultaneamente ocorrendo com as várias e diversas manifestações de rua, sempre tomadas de visitantes e artistas que fazem o diferencial da mostra, a exemplo de Chico Buarque, Marina e Maria Bethânia, que por lá deram o ar das suas graças.
Os lançamentos literários, propriamente, ficam restritos ao âmbito das várias editoras, que colocam todo o seu acervo à venda, com predominância ao relançamento dos clássicos e best sellers.
Com autorização da curadoria do evento, já que "A República do Mangue" não ficou pronta em tempo de ser inscrito oficialmente dentro do prazo fixado, pudemos expor o nosso livro sem embargos por toda a mostra. Assim, podemos receber leitores e amigos na Pousada Palmeira Imperial, onde nos hospedamos.
Para nossa felicidade, fomos convidados pelo Nicolas Amelie, jornalista e músico francês que por cerca de 20 anos trabalhou, em Paris, como editor local da celebrada revista pop Rolling Stones, para que lançássemos "A República do Mangue" em seu restaurante, numa noitada litero-musical.
Nicolas foi um achado de Selma Magalhães. Ela apresentou o livro ao nosso amigo francês, que fazia uma pequena refeição à porta do seu famoso sarau, e, após ler a sinopse contida na contracapa do livro, praticamente descortinou todo o seu conteúdo.
Fomos apresentados e, à noite, conforme o combinado, estávamos a postos autografando alguns exemplares ao som de sambas antológicos executados com maestria por um grupo de jovens músicos cariocas que, mui gentilmente, dedicou-nos uma série de sambas de autoria de Dorival Caymmi.
Chamou-nos a atenção à alegria e descontração das meninas e rapazes que faziam às vezes de garçons. Simplesmente simpáticos e contagiantes.
Nicolas, que se dobrou em atenções à nossa pequena comitiva familiar, nos convidou para voltarmos no dia seguinte, em substituição a uma autora inglesa que estaria lançando um livro sobre o movimento Hip Hop. Com tristeza declinamos do convite, tendo em vista o interesse em participar de uma palestra sobre poesia, e devido a compromissos de cunho familiar, previamente agendados, no Rio de Janeiro.
Depois de ser entrevistado pela Band News sobre a minha participação na Flip, e dando por cumprida a nossa missão em Paraty, eu, Selma, Morena e Mahatma partimos para o Rio, onde cumprimos o sagrado dever de visitar familiares e amigos, e desfrutar a generosidade da mãe natureza (tão benévola com a Cidade Maravilhosa), além de consolidarmos os laços de família, unidos pelo espírito da paz, da alegria e da concórdia.
Assim seja!

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