1.Assista ao vídeo sobre perseguição aos cristãos
2. Fiéis se amarram ao Cruzeiro para
tentar impedir a demolição.
A região de
Wenzhou ganhou o apelativo de "Jerusalém da China" pela sua extraordinária
devoção à Santa Cruz e a construção de inúmeras e até colossais igrejas, sempre
coroadas por enormes cruzes vermelhas especialmente iluminadas à noite, segundo
descreve o jornal espanhol "El Mundo".
Esses templos
sobressaem no horizonte e podem ser contemplados das autoestradas.
O regime não
suportou esse triunfo da Cruz e, dentro do plano geral do Partido Comunista
Chinês (PCC) contra o símbolo mais sagrado do cristianismo, ordenou demoli-lo.
Soldados e
operários pesadamente equipados iniciaram as demolições alegando os pretextos
legais mais díspares.
Mas a tarefa dos
anticristãos não está sendo fácil.
Apesar da enorme
desigualdade de forças, os fiéis redobraram seu fervor e protagonizam
verdadeiras batalhas campais em defesa dos cruzeiros.
Por toda parte
eles montam vigilância e organizam a resistência. Quando chegaram os
demolidores da Igreja de Sanjiang, na periferia de Wenzhou, os celulares dos
fieis começaram a tocar.
"Fomos avisados
durante a noite. Estava chovendo e não tínhamos guarda-chuvas. Mas fomos todos,
milhares de pessoas, chorando, vendo como destruíam a nossa igreja", narrou uma
testemunha.
A Igreja de
Sanjiang estava sobre um promontório e queria imitar as catedrais góticas da
Europa. Tinha uma torre de 60 metros de altura e custou mais de cinco milhões
de dólares, dinheiro doado pelos fiéis.
As autoridades
socialistas mandaram arrasá-la até os fundamentos e no local plantaram árvores
e flores.
A fúria socialista
só se assanha contra os cristãos. Os templos budistas das redondezas não foram
atingidos e até um deles está sendo ampliado. Paganismo e comunismo no fundo
são filhos do mesmo pai da mentira.
Desde o início da
campanha contra as cruzes, 1.200 delas já teriam sido destruídas pelo
socialismo.
O jornal oficial "Global
Times" anunciou que a campanha ateia durará mais três anos, sob o pretexto de "embelezar" a província e eliminar prédios que violam as normas de segurança.
É mais uma mentira
do socialismo, respondem os cristãos.
A verdade é que a
região de Wenzhou é a mais cristianizada da China. Os cristãos superam
largamente os adeptos do marxista Partido Comunista Chinês.
Wenzhou tem nove
milhões de habitantes e construiu mais de duas mil igrejas. O fato paradoxal é
que ela havia sido escolhida por Mao Tsé-tung, fundador do comunismo chinês,
para sediar em 1958 a "experiência" de uma "zona ateia" onde foram fechados ou
confiscados todos os templos na Revolução Cultural de 1966-76.
Em Oubei a tensão
é máxima. Enquanto as pequenas habitações dos comunistas exibem o rosto do
presidente chinês Xi Jinping, as moradias dos cristãos são marcadas pela cruz
pintada de vermelho, com a inscrição: "Deus, meu coração te ama".
O matutino oficial "Global Times" reconheceu em 2015 a "surpresa" do "explosivo aumento" do cristianismo. "As igrejas [de Zhenjiang] - acrescentou farisaicamente - são
muito grandes, têm cruzes exageradas. Os não crentes não se sentem cômodos".
Wang, 60, guardião
da igreja da Roca em Xiasha, nega que a cruz de sete metros no teto fosse "irregular". "Cumpria todas as leis", explicou.
Ele foi um das
centenas de cristãos que foram bloqueados pela polícia para impedir cenas de
resistência passiva como as acontecidas em muitos enclaves cristãos.
Na aldeia de Ya,
não distante da cidade de Huzhou - na mesma província de Zhenjiang -, várias
dezenas de devotos se atrincheiraram durante semanas junto à Cruz, no alto da
torre principal da igreja, para evitar o seu desmantelamento.
"O governo tem
medo do poder dos cristãos", disse Wang.
Na Igreja da Roca
chegaram a um acordo, mantendo-se um pequeno cruzeiro num lago. Outros templos
tiveram que cobrir o símbolo de Cristo com panos, como em Hua Ao, ou com
galhos, como se no topo da igreja houvesse uma árvore.
Na
aldeia de Shancang, dezenas de casas ostentam cruzes vermelhas pintadas nos
muros.
Até
associações cristãs de fancaria, forjadas pelo governo, se sentiram obrigadas a
protestar contra ele, como o fez um de seus líderes, o pastor Joseph Gu.
O
governo socialista também reagiu prendendo clérigos e advogados que foram à "Jerusalém da China" para assessorar os fiéis.
Na sua
pobre moradia de Oubei, a senhora Chang conta que após a destruição da grande
igreja de Sanjiang, os fiéis continuaram se reunindo na velha igreja local.
Ali
eles mantêm erguido o cruzeiro vermelho, enquanto nos muros estão escritas
orações a Nosso Senhor, convidando os neófitos a comparecer.
"Se
mexerem com essa cruz, nós sairemos de novo às ruas", adverte a sra. Chang.
Fonte: "Mídia Sem Máscara"
Nenhum comentário:
Postar um comentário