Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
O doleiro Alberto Youssef afirmou em depoimento à Justiça Federal do Paraná nesta terça-feira que providenciou o pagamento de 800.000 reais de propina para o PT. Segundo ele, metade do dinheiro foi entregue na porta do Diretório Nacional do partido, na rua Silveira Martins, na Sé, região central de São Paulo. A outra metade foi retirada no escritório de Youssef por Marice Corrêa de Lima, cunhada do tesoureiro nacional da sigla, João Vaccari Neto. O dinheiro foi repassado pelo favorecimento à empresa Toshiba em contrato do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, afirmou o doleiro.
O doleiro Alberto Youssef afirmou em depoimento à Justiça Federal do Paraná nesta terça-feira que providenciou o pagamento de 800.000 reais de propina para o PT. Segundo ele, metade do dinheiro foi entregue na porta do Diretório Nacional do partido, na rua Silveira Martins, na Sé, região central de São Paulo. A outra metade foi retirada no escritório de Youssef por Marice Corrêa de Lima, cunhada do tesoureiro nacional da sigla, João Vaccari Neto. O dinheiro foi repassado pelo favorecimento à empresa Toshiba em contrato do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, afirmou o doleiro.
O pagamento para o PT foi feito em dois momentos,
afirmou o doleiro: "O primeiro valor foi retirado no meu escritório pela
cunhada dele. Entreguei pessoalmente. O segundo valor foi entregue na porta do
Diretório Nacional do PT pelo funcionário Rafael Ângulo, para que um
funcionário da Toshiba pudesse entregar ao Vaccari".
Além de ser o principal operador do PP no esquema
de corrupção da Petrobras, Youssef revelou que, pelo menos nessa operação,
providenciou também o pagamento de propina para o PT. Sobre o caso relatado no
depoimento anterior à Justiça, Youssef tinha explicado anteriormente em acordo
de delação premiada que houve pagamento de propina equivalente a 1% do valor do
contrato da Toshiba com a Petrobras para o PP e de proporção equivalente ao PT.
Os pagamentos de propina da Toshiba são
investigados em inquérito da Polícia Federal. Os investigadores já tiveram a
confirmação de que a Toshiba fez pagamentos de pelo menos um milhão de reais
para a empreiteira Rigidez, uma das empresas de fechada controladas por
Youssef. O doleiro admitiu em depoimento que o depósito foi feito para que ele
repasse propina, em espécie, para políticos e outros beneficiados no esquema de
corrupção.
As transferências para Youssef e os pagamentos na
porta do PT não são as únicas operações atribuídas à Toshiba em investigação.
Um ex-funcionário do doleiro, Carlos Alberto Pereira da Costa, também ajudou a
polícia nas investigações e apresentou comprovantes bancários de uma
transferência de 400.000 reais de uma empresa do operador Cláudio Mente, que
também recebeu recursos da Toshiba.
Em nota, o PT negou que tenha recebido propina. "O
secretário Nacional de Finanças do PT, João Vaccari Neto, nega veementemente
que tenha recebido qualquer quantia em dinheiro por parte do senhor Alberto
Youssef ou de seus representantes", disse. Youssef foi ouvido novamente, por
requisição de seus advogados, na ação penal em que é acusado de lavagem de dinheiro
e evasão de divisas por remessas ilegais ao exterior feitas pelo laboratório
Labogen.
Youssef afirmou em depoimento que recebeu
pagamentos em espécie e em contas no exterior das empreiteiras Odebrecht e
Andrade Gutierrez, feitos para operar o pagamento de propina a políticos e
ex-diretores da estatal. A construtora Braskem, controlada pela Odebrecht em
sociedade com a Petrobras, também transferiu dinheiro com a mesma finalidade,
afirmou o doleiro.
De acordo com o doleiro, os recursos das empreiteiras
eram destinados ao pagamento de políticos beneficiados pelo esquema de
corrupção da Petrobras. No caso da Odebrecht, o dinheiro foi repassado a
Youssef em uma operação triangulada. O depósito na conta administrada pelo
doleiro foi feito pela construtora Del Sur, domiciliada no exterior. Depois de
receber o pagamento, ele diz que checou com um representante da Odebrecht se a
Del Sur foi a responsável por enviar o dinheiro da construtora.
(…)
(…)
Fonte: "Blog Reinaldo
Azevedo"
Nenhum comentário:
Postar um comentário