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sexta-feira, 10 de abril de 2015

"O caos político"

Por Nivaldo Cordeiro - Fonte: "Mídia Sem Máscara"
O dia de ontem mostrou o tamanho do desastre da desarticulação política da presidente Dilma Rousseff. Sua inabilidade e falta de realismo levou-a a um beco sem saída. Para piorar, está colhendo os frutos dos graves erros de decisão que tomou desde que a campanha eleitoral foi encerrada, refletidos nos índices de preços e da produção. A irritação dos brasileiros com seu governo está expressa nas elevadíssimas taxas de rejeição que ela sofre, as maiores desde que são medidas.
A coincidência da elevação dos índices de preços com a impopularidade não é ao acaso. Dilma Rousseff errou profundamente ao fazer realinhamento de preços do setor elétrico. Não é possível imaginar que houvesse um descompasso de 50% nos preços e a decisão ficou parecendo como a uma maneira de extorquir os contribuintes com mais impostos indiretos. Ocorre que a conta de luz é democrática e chega a cada um dos lares. Ninguém se esquecerá facilmente desse tarifaço. Parece óbvio que o mais sensato teria sido um reajuste paulatino, sem tentativa de arrecadar mais com os preços de monopólio.
Essa decisão, ao lado das eloquentes revelações dos processos do petrolão, são os dois ingredientes decisivos na derrocada da popularidade de Dilma Rousseff. Já a relação deteriorada com o Congresso Nacional se deve a um fator exógeno ao PT: a vitória parlamentar do PMDB nas últimas eleições, que foi feita às custas do PT. E também porque o Congresso se deu conta do regime semi parlamentarista em vigor, tendo passado a exercer seus plenos poderes constitucionais. O Executivo fragilizou-se imediatamente. Ainda ontem a presidente parece ter abdicado da palavra final das coisas do Governo ao conceder a Michel Temer que a Casa Civil não terá a palavra final sobre os acordos políticos. O ministro deveria se demitir depois dessa.
Há ainda um outro fator determinando a queda da popularidade: o preço dos combustíveis. Toda gente sabe que a cotação do petróleo no mercado internacional caiu à metade, enquanto que a Petrobras, surrupiada pelo PT, pratica os maiores preços do planeta, absorvendo margem desproporcional. O fato está refletido nos índices de preços e nas pesquisas de opinião. Podemos dizer: o povo não é bobo.
O governo de Dilma Rousseff, enquanto proposta articulada para o país, acabou ontem, com a abdicação de seu poder sobre as decisões políticas. Michel Temer virou uma espécie de regente, à espera do desenlace final de um eventual processo de impeachment. A história ensina que um governo não sobrevive sem o apoio de seu próprio povo. As manifestações do próximo dia 12 de abril deverão servir de marco no rumo de uma eventual transição de poder.
O PT esgotou-se de tanto mentir. A propaganda eleitoral de Dilma Rousseff, dizendo que não haveria ajuste fiscal para, em seguida, fazê-lo corroeu as bases da legitimidade do poder. Foi uma traição direta aos seus eleitores. Um desastre de comunicação dessa envergadura só pode ocorrer se se achar que as pessoas não perceberiam o abismo entre a prática e o discurso de véspera. O povo não é bobo, não.
Agora é esperar os próximos passos. Se as manifestações do domingo vindouro forem da envergadura com que estão previstas, Dilma Rousseff terá que sair do poder, por bem ou por mal. Até porque as manifestações não serão esgotadas no domingo. Outras virão, agora provavelmente em meio dos sintomas mais tenebrosos da crise econômica, a começar pela elevação da inflação e do desemprego. O PT perdeu qualquer legitimidade com suas mentiras.
Quem viver verá.
Impeachment ou caos
A sucessão de infortúnios políticos da presidente Dilma Rousseff e do PT, nesta semana, tem sido contundente. O PT é um náufrago em alto mar, que não tem onde se agarrar. Viu-se na recusa do Eliseu Padilha em assumir a coordenação política; viu-se na nomeação de Michel Temer como coordenador; viu-se ainda, na humilhante condição imposta pelo vice-presidente para aceitar o cargo: que a Casa Civil não terá a palavra final sobre os acordos feitos. O governo do PT acabou hoje. Agora é um cadáver insepulto à espera da cova. 
Assista ao vídeo:

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