Filarmônica
19 de Setembro de Ibipeba-BA executa o dobrado "Tusca", de Estevam Moura. Assista ao vídeo.
Na tarde desta quinta-feira, 7, às
14h30, a Sociedade Filarmônica 25 de Março promove a abertura oficial das
atividades da Escola de Música Maestro Estevam Moura. O evento ocorre no Centro
Comunitário Ederval Fernandes Falcão, no bairro das Baraúnas.
Na oportunidade, os alunos da Escola recebem
camisas doadas pela Cidade Propaganda.
O professor Antonio Carlos Batista Neves Júnior, o Tony Neves, feirense e
integrante da Filarmônica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), é o regente da Sociedade
Filarmônica 25 de Março e responsável pela formação de músicos na Escola de
Música Estevão Moura.
Enquanto isso, benfeitores da instituição
que apóiam a iniciativa com a doação de instrumentos musicais para a
revitalização da secular Filarmônica - patrimônio cultural de inestimável valor
para Feira de Santana - receberão camisa com a marca renovada da Vinte e Cinco.
Quem
foi
Estevam Pedreira de Moura (Foto: Reprodução) era filho de João
Pedreira de Moura e Minervina Carvalho de Moura. Ele nasceu em Santo Estevão em 3 de agosto de 1907 - há 107 anos. Desde cedo teve o pendor pela música, pois
fabricava flauta com o talo do mamoeiro, para acompanhar a Zabumba da Vila.
Ele foi aprendiz da Filarmônica 26 de
Dezembro e depois chegou a maestro. Ele executava vários instrumentos, como
piano, violão, flauta, sax e trombone, deixando um grande número de
composições.
Aos 18 anos,
veio para Feira de Santana, residir no distrito de Bonfim de Feira. A convite,
passou a dirigir a Filarmônica Minerva. Depois, transferiu-se para Conceição do
Almeida, onde regeu a filarmônica local. De volta a Feira de Santana, foi
professor de Canto Orfeônico do Colégio Santanópolis e regeu a Sociedade
Filarmônica 25 de março, onde permaneceu até sua morte, em 9 de março de 1951.Em Santo Estevão, sua terra natal, existe a Sociedade Filarmônica Estevam Moura. Compôs os dobrados - era comum, na época, dedicar esse tipo de música a pessoas queridas e ilustres, colocando seus nomes como título) - "Tusca", em homenagem ao seu filho Ernani; "Arnold Silva", em homenagem ao então deputado federal, que foi prefeito de Feira de Santana, "Magnata", "João Almeida", "Sonho Azul" e "Vida e Morte". Também compôs a marcha "Constelação", o fox "Reveillon" que ficou bastante popular na cidade e que era tocado em muitas festas. Compôs ainda o "Hino do Congresso Eucarístico" (realizado na década de 40) e o "Hino da Festa de Santana" também é de sua autoria.
Seu sonho de compositor era fundar uma
escola de música em Feira de Santana. Chegou a concretizá-lo ao lado da
professora Georgina de Mello Lima
Erismann, Gerson Simões e da professora Carmem, numa casa ao fundo do Asilo
Nossa Senhora de Lourdes. Porém, não foi adiante, devido à falta de verbas e
incentivo do poder público.
Para incentivar os jovens nascidos em Feira de Santana ao gosto pela música, criou o Coral São Miguel com quarenta vozes masculinas. Recebeu convites para trabalhar como músico no Rio de Janeiro e não aceitou.
Estevam Moura também exerceu o cargo de chefe da Guarda Municipal de Feira de Santana.
Para incentivar os jovens nascidos em Feira de Santana ao gosto pela música, criou o Coral São Miguel com quarenta vozes masculinas. Recebeu convites para trabalhar como músico no Rio de Janeiro e não aceitou.
Estevam Moura também exerceu o cargo de chefe da Guarda Municipal de Feira de Santana.
Suas composições são lembradas e bastante
executadas por diversas filarmônicas da Bahia e pelo Brasil afora. É bastante
fácil encontrar partituras de composições atribuídas a Estevam Moura em
filarmônicas de cidades como Cachoeira, Maragogipe, Santo Amaro, Serrinha e, inclusive, no
Rio de Janeiro.
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