O
Bus Rapid Transit (BRT) é um sistema de transporte de ônibus que proporciona mobilidade
urbana rápida, confortável e com custo eficiente, através da provisão de infraestrutura
segregada com prioridade de passagem, operação rápida e frequente e excelência
em marketing e serviço ao usuário.
O
BRT é atualmente o mecanismo de transporte público mais eficaz para as cidades desenvolverem
rapidamente um sistema de transporte público que possa expandir-se por uma rede
completa e atender à crescente demanda de transporte, bem como promover um
serviço veloz e de excelente qualidade.
Ainda
em seus primeiros anos de aplicação, o conceito de BRT
oferece
o potencial para revolucionar a forma do transporte urbano.
Os
principais elementos que compõe um sistema BRT são:
-
Ônibus de alta capacidade e com conforto (ar condicionado);
-
Circulação de ônibus em espaço exclusivo;
-
Moderno sistema de bilhetagem;
-
Embarque pré-pago ao nível do ônibus;
-
Controle semafórico de prioridade de tráfego para os ônibus.
O
BRT basicamente imita as características de desempenho e conforto dos modernos sistemas
de transporte sobre trilhos, mas com diversas vantagens:
-
Capacidade: atualmente um BRT transporta até 40 mil phs, enquanto um VLT tem capacidade
de até 20 mil phs, já um sistema de metrô necessita pelo menos 50 mil phs para
se tornar eficaz;
-
Flexibilidade: o BRT permite mudança futura do trajeto com menos custo. Já o
metrô ou VLT podem ser expandidos, porém dificilmente alterados devido ao
impacto que causam à infraestrutura urbana e seu custo de remanejamento;
Tempo
de construção: o BRT leva cerca de dois anos para ser implantado. O metrô leva,
em média, 10 anos para ser construído (Brasil);
-
Custo: o custo de implantação de um BRT completo (pavimento de concreto,
terminais, estações, semáforos, centro de controle, veículos) é de no máximo R$
10 milhões por quilômetro, sendo R$ 6 milhões em obras em geral e custeado pelo
poder público e R$ 4
milhões
em veículos custeados pelo poder privado e sistemas tecnológicos. Cada quilômetro
de metrô custa cerca de R$ 200 milhões, 20 vezes mais que um sistema BRT completo.
Já o VLT tem custo de R$ 40 milhões a R$ 60 milhões, ou seja, quatro a seis
vezes maior que do BRT completo.
O
primeiro sistema de BRT no Brasil foi implantado em Curitiba-PR no ano de 1973.
Atualmente
mais de 100 cidades nos cinco continentes já implantaram sistemas de BRT, totalizando
mais de 3.500 quilômetros de BRT no mundo, e um número ainda maior de sistemas
está em construção ou em planejamento.
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