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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"Mais uma da 'nova política': Campos renovou incentivo fiscal de empresa que teria comprado jato de campanha do PSB. Ou: Caso de política e de polícia"


Por Reinaldo Azevedo 

A história do jato Cessna que servia à campanha de Eduardo Campos e Marina vai se tornando a soma e a síntese de tudo o que de ruim, viciado e vicioso pode produzir a velha política. Chega a ser uma piada meio macabra quando nos damos conta de que Marina Silva, que sucede Campos na campanha, se diz a porta-voz da "nova política", de que ele também seria expressão.
Nesta quinta, reportagem da Folha Online revela mais uma: a Bandeirantes Companhia de Pneus - que, segundo o PSB, era uma das donas jatinho que teria sido cedido à campanha — gozava de incentivos fiscais do governo de Pernambuco para importar pneus para carros, caminhões e máquinas agrícolas. Tal incentivo, é verdade, teve início em governos anteriores, mas foi renovado por Campos.
A Bandeirantes pertence a Apolo Santana Vieira, apontado como um amigo do então governador. Apolo é réu numa ação penal, acusado de fraude em importações.
A nova informação acrescenta suspeitas novas a uma penca de ilegalidades. O avião pertencia à empresa AF Andrade, que está em recuperação judicial. Esta diz ter vendido o aparelho para Apolo e para dois outros empresários de Pernambuco: João Lyra de Mello Filho e Eduardo Bezerra Leite. Extratos obtidos pelo Jornal Nacional evidenciam que a AF Andrade recebeu como pagamento parcial pelo jato diversos depósitos feitos por empresas fantasmas, que estão em nome de laranjas. Apolo, que não quis se manifestar sobre o caso, nega que tenha comprado o avião.
O PSB tenta fazer o jogo do diversionismo. Aponta como donos dos aviões pessoas que negam essa informação. Afirma que a prestação de contas seria feita no fim da campanha, mas silencia sobre a rede de empresas fantasmas e de laranjas envolvida no pagamento da aeronave. Marina prometia dar explicações no Jornal Nacional e, no máximo, conseguiu dizer que não sabia de nada - sem se esquecer, claro!, de pedir respeito à memória de Campos.
Há uma pergunta óbvia a ser feita, entre tantas: esse esquema criminoso que mantinha o avião no ar e que serviu ao então candidato do PSB à Presidência e à própria Marina só dizia respeito ao aparelho? Com que legitimidade ela fala em nome de uma "nova política", contra os vícios da "velha", sem admitir, de forma clara, que crimes, então, foram cometidos? Se eleita presidente, terá com os seus a leniência que tem demonstrado nesse caso? Também ela vai recorrer ao famoso “eu não sabia” quando algo de grave atingir eventuais auxiliares?
Na vida privada, nos limites da lei, cada uma faça as escolhas que quiser. Indivíduos não estão obrigados a demonstrar coerência entre o que pregam e o que fazem. Com a pessoa pública, a história é bem outra: seguir estritamente o credo que abraça é uma imposição moral. Reitero: por muito menos, mandatos foram cassados. A Justiça Eleitoral, quando a questão chegar lá, e vai chegar, terá coragem de fazer valer a lei?
Vamos ser claros: esse avião já deixou de ser um problema só de política. Antes de tudo, é um caso de polícia que desmoraliza a política dos que se querem monopolistas da virtude. 
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

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