Por Maria Helena R. R. de Sousa
Eu ia votar em Eduardo
Campos. Portanto, ia votar em Marina Silva para vice-presidente.
Se Eduardo Campos a aceitou
como companheira de chapa e se eu confiava nele como confiava, qual o motivo
que eu teria para não votar em Marina Silva para presidente da República?
Assim pensava até o dia da
surpreendente reunião do PSB com a Rede para sacramentar o nome de Marina e do
escolhido para seu vice, Beto Albuquerque. Após aquele encontro 'petista'
demais para meu gosto, comecei a temer pelo meu voto.
Não condeno, e nem poderia,
o fato de Marina Silva querer alguém dela na coordenação de sua campanha, fato
mais do que natural. Mas tudo poderia ter sido feito com mais elegância, com
mais respeito pela dor do assessor que, já ferido pela morte de seu grande
amigo, ainda testemunhava a invasão de seu partido.
Fiquei decepcionada e
preocupada.
Mas eis que Marina coloca
também na coordenadoria a ex-prefeita de SP Luiza Erundina. Mulher de fibra, de
caráter íntegro e que não deixou o PT por, de repente, implicar com estrelas. E
que não se prestaria, jamais, a servir de cavalo de Troia...
Algum tempo atrás Erundina
criticou Marina Silva por negar a importância dos partidos políticos e pregar a
aliança direta com a sociedade. Isso não foi dito num bilhete secreto, mas
publicamente, e está nas redes. Como Marina a convidou para sua equipe, creio
(ou espero?) que a candidata repense o que disse e passe a concordar com sua
coordenadora.
Mas no fundo de minha alma
fica a dúvida. E lendo a VEJA desta semana, só cresce a angústia: Marina
continua a defender o tal Decreto 8243, que vai matar por asfixia o Congresso
Nacional, em vez de pugnar pela revitalização dos partidos políticos. Será
verdade?
Na mesma Veja leio que
talvez aquele rapaz Fora do Eixo,
o tal de Paulo Capilé, poderia vir a ser o ministro da Cultura de Marina.
Será o Benedito?
Depois de ler isso, faço o
sacrifício de assistir às propagandas políticas na TV. É nauseante! Tem até um
cidadão com um balão de aniversário nas mãos que se diz de saco cheio e estoura
o balão! Foi só o que ele disse e fez.
É preciso ter cuidado ao
votar, separar muito bem o joio do trigo para não dar razão aos que se
encantaram pelo famigerado 8243, ferramenta que poria nas mãos de escolhidos do Executivo a aprovação de
questões que mexeriam com a vida de nossas instituições. Votar, sim, mas votar
com responsabilidade, isso é fundamental.
É vital para o Brasil
reerguer os Três Poderes e deixá-los fortes, competentes, altivos, e voltados
para o bem dos brasileiros. E a única maneira de conseguir essa mudança tão
necessária é votando com cuidado!
Fonte: "Blog do Noblat"
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