Por André Forastieri
O Brasil entrou para bater. Nosso time cometeu 31 faltas. Foi a tática de Felipe Scolari para barrar o futebol da Colômbia, superior ao nosso, e principalmente o talento de James Rodrigue, que andou jogando melhor que Neymar. A seleção brasileira foi truculenta. Os resultados estão aí. Vamos chorar o machucado de Neymar, mais um santinho à brasileira? Nada feito.
Está tudo no roteiro habitual de Felipão. Ainda mais depois das críticas gerais sobre jogadores chorões. Era hora de provar macheza. Felipão sempre foi assim. É ganhar a qualquer custo, inclusive na porrada. Depois, quando alguém se machuca, é ridículo reclamar. Esta comoção com o machucado de Neymar é patética. Aliás, se fosse a vértebra de Fred, a maioria estaria comemorando.
O próprio Felipão passa recibo de brucutu ao comentar a entrada de Zuñiga em Neymar. Disse que não acredita que foi intencional, "ele só veio e parou a jogada". Futebol é assim mesmo, paramos a jogada aos pontapés e ponto final. É assim mesmo porque o juiz liberou, claro. E porque a truculência beneficiou o Brasil, dono da casa e tal...
O espanhol Carlos Velasco só puxou um cartão amarelo depois de 41 faltas, o jogo já na reta pra acabar. Liberou geral a pancadaria. Nossos bravos brasileiros se revezaram dando porrada em James. Júlio César, "herói" da penúltima partida, merecia fácil um cartão vermelho pela tunda que deu em Bacca.
Dá um certo prazer sádico que o Brasil vá encarar o restante dessa Copa sem Neymar. Ele foi ungido a cara do nosso futebol, o garoto propaganda da brasilidade. É um símbolo da nossa dependência de jeitinho, ginga e emoção. Pensar para quê? Vamos lá jogar! Bem, se nossa seleção dependia de um único geninho, entramos para perder.
Perder a Copa já na próxima partida talvez fosse um bom basta nesta cultura de planejar e gerir mal, de corrupção e ignorância, de vitória a qualquer custo, na porrada e no "jeitinho". Será um Brasil melhor quando não dependermos de jogadas milagrosas, padrinhos, geninhos. Quando o país não pensar em termos de goleada, eu só ganho muito se você perder bastante. Menos charmoso, menos "mágico", talvez, mas melhor.
Merecemos ganhar da Colômbia? Ganhamos, a qualquer preço. Merecemos ficar sem Neymar, e aliás Neymar merece estar fora da Copa? Claro. Tenho dó do cara? Como de qualquer garoto em um hospital agora, nem mais, nem menos. Mas ele sabia o que estava fazendo, ganha muito bem para isso, e nosso time fez o que fez de propósito.
Foi a partida com recorde de faltas neste mundial. Foram 54 no total - mas batemos 30% mais que os colombianos. Por mais que a Fifa facilite para o Brasil ganhar, que foi o que vimos ontem, algumas leis da natureza continuam se aplicando. Para cada ação, existe uma reação. Ou, em futebolês: bateu, levou.
O Brasil entrou para bater. Nosso time cometeu 31 faltas. Foi a tática de Felipe Scolari para barrar o futebol da Colômbia, superior ao nosso, e principalmente o talento de James Rodrigue, que andou jogando melhor que Neymar. A seleção brasileira foi truculenta. Os resultados estão aí. Vamos chorar o machucado de Neymar, mais um santinho à brasileira? Nada feito.
Está tudo no roteiro habitual de Felipão. Ainda mais depois das críticas gerais sobre jogadores chorões. Era hora de provar macheza. Felipão sempre foi assim. É ganhar a qualquer custo, inclusive na porrada. Depois, quando alguém se machuca, é ridículo reclamar. Esta comoção com o machucado de Neymar é patética. Aliás, se fosse a vértebra de Fred, a maioria estaria comemorando.
O próprio Felipão passa recibo de brucutu ao comentar a entrada de Zuñiga em Neymar. Disse que não acredita que foi intencional, "ele só veio e parou a jogada". Futebol é assim mesmo, paramos a jogada aos pontapés e ponto final. É assim mesmo porque o juiz liberou, claro. E porque a truculência beneficiou o Brasil, dono da casa e tal...
O espanhol Carlos Velasco só puxou um cartão amarelo depois de 41 faltas, o jogo já na reta pra acabar. Liberou geral a pancadaria. Nossos bravos brasileiros se revezaram dando porrada em James. Júlio César, "herói" da penúltima partida, merecia fácil um cartão vermelho pela tunda que deu em Bacca.
Dá um certo prazer sádico que o Brasil vá encarar o restante dessa Copa sem Neymar. Ele foi ungido a cara do nosso futebol, o garoto propaganda da brasilidade. É um símbolo da nossa dependência de jeitinho, ginga e emoção. Pensar para quê? Vamos lá jogar! Bem, se nossa seleção dependia de um único geninho, entramos para perder.
Perder a Copa já na próxima partida talvez fosse um bom basta nesta cultura de planejar e gerir mal, de corrupção e ignorância, de vitória a qualquer custo, na porrada e no "jeitinho". Será um Brasil melhor quando não dependermos de jogadas milagrosas, padrinhos, geninhos. Quando o país não pensar em termos de goleada, eu só ganho muito se você perder bastante. Menos charmoso, menos "mágico", talvez, mas melhor.
Merecemos ganhar da Colômbia? Ganhamos, a qualquer preço. Merecemos ficar sem Neymar, e aliás Neymar merece estar fora da Copa? Claro. Tenho dó do cara? Como de qualquer garoto em um hospital agora, nem mais, nem menos. Mas ele sabia o que estava fazendo, ganha muito bem para isso, e nosso time fez o que fez de propósito.
Foi a partida com recorde de faltas neste mundial. Foram 54 no total - mas batemos 30% mais que os colombianos. Por mais que a Fifa facilite para o Brasil ganhar, que foi o que vimos ontem, algumas leis da natureza continuam se aplicando. Para cada ação, existe uma reação. Ou, em futebolês: bateu, levou.
Fonte:
http://noticias.r7.com/
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