Centenas de judeus ultra-ortodoxos
se reuniram segunda-feira, 12, perto do cenário da última ceia de Jesus em
Jerusalém, exigindo que Israel mantenha a soberania sobre o local onde o papa
Francisco vai celebrar missa.
O papa vai visitar a Terra Santa
entre 24 e 26 deste mês e antes de retornar a Roma está definida a realização
de uma missa no local conhecido como Cenáculo, no Monte Sião, perto das
muralhas da Cidade Velha.
Judeus
reverenciam o local como o túmulo do rei David, que fica no andar térreo do
mesmo edifício.
"Assim que eles tocam o
'status quo' do lugar, coisas ruins vão acontecer", disse o rabino Avraham
Goldstein, acusando o governo de Israel de querer entregar o Cenáculo para o
Vaticano.
Soberania sobre o Cenáculo, que
foi renovado pelos franciscanos no século 14 antes o grupo ser forçado a sair,
é uma questão altamente sensível.
Hoje é parte das negociações
entre Israel e o Vaticano, que espera recuperar o sítio.
A tradição diz que é o lugar
onde Jesus teve sua última ceia com os discípulos, antes de sua prisão e
crucificação.
É também onde os Evangelhos
dizem que o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes, 50 dias após a Páscoa.
"Quando 'cruzados' vem
aqui fazendo o sinal da cruz e todos os tipos de rituais, este lugar vai se
tornar idólatra para nós, e nós não temos o direito de orar mais lá", disse
o manifestante judeu ultra-ortodoxo Yitzhak Batzon.
Manifestantes ultra-ortodoxos
estão planejando mais uma demonstração em 22 de maio.
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