Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

Lançamento nacional - Orient CinePlace Boulevard

Lançamento nacional - Orient CinePlace Boulevard
15 - 18 - 21 (Dublado)

terça-feira, 4 de junho de 2013

O valor inestimável do tempo



Na era em que quase tudo é descartável, obras de arte seguem na contramão, se valorizando com a ação do tempo. Restauração e manutenção, no entanto se fazem necessárias.


Neste ambiente projetado pela designer de interiores Iara Santos, a obra de arte de Jocimar Tavares fica exposta as ações do tempo e, segundo o artista, não devem ser poupadas disso já que essas marcas do tempo agregam mais valor a obra
Jocimar Tavares salienta a facilidade de manutenção das peças criadas por ele: "apenas um pano úmido para retirada do pó já é o suficiente"
Fotos: Divulgação

Em 2011, a família real do Qatar adquiriu a tela "Os Jogadores de Carta", do pintor Paul Cézanne, por 260 milhões de dólares, tornando a obra a mais valiosa do mundo, até o momento. O quadro pertence a uma série de pinturas a óleo concebidas entre 1890 e 1895. O fato da tela ter mais de um século não é nenhuma surpresa, e apenas ratifica o conceito de que a ação do tempo torna as obras de arte cada vez mais valiosas.
Não por um acaso, artistas plásticos preferem ver suas peças transformadas pelo tempo a modificadas por uma restauração muito invasiva. "As obras de artes devem seguir seu curso natural. Pois a ação do tempo faz parte da história da obra", opina o artista Jocimar Tavares, que cria esculturas em aço. Ele defende que a peça deve ter sua vida própria, mesmo em casos particulares, como a ação da maresia, por exemplo. "Trabalho com aço inox e aço carbono com pintura e verniz automotivo, o mesmo usado nos automóveis, ou seja, são peças resistentes. Mas também tenho obras em aço oxidado naturalmente e se essas obras são colocadas numa casa de praia, por exemplo, vão passar por alterações de cores de uma forma muito natural, o que particularmente me agrada muito", pondera o artista.
Por isso, para manter uma obra de arte viva, a máxima a ser aplicada é a de que "menos é mais". "No caso das minhas peças, por exemplo, a única manutenção a ser feita é um pano úmido para retirada do pó, o que também pode ser feito com aspirador. Isso vale inclusive para as peças colocadas em áreas externas, expostas às intempéries climáticas", explica Jocimar.
A restauração, no entanto, não é dispensável. Em casos críticos, pode ser a única solução. "Determinadas obras, como as muito antigas, merecem restaurações visando a não deterioração. Mas sem jamais descaracterizá-las e nem apagar a ação do tempo. No caso das minhas peças, acho que um simples retoque pode ser feito para corrigi danos causados por uma queda por exemplo. Mas nada além de uma simples manutenção", finaliza Jocimar.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Supla Comunicação)

Nenhum comentário: