A Galeria Nelson Daiha do Senac
Pelourinho promove a abertura da exposição individual "Paisagem Fragmentada: Série Camelódromo", do fotógrafo Silvério
Guedes, no sábado, 15, no período das 16 às 19 horas. A mostra fica em
cartaz até o dia 15 de julho.
Para esta exposição o artista
selecionou 15 fotos (quatro delas nas imagens), sob a curadoria de Justino Marinho e Lígia Aguiar, entre
as centenas de imagens que produziu, registrando camelódromos em cidades
baianas e mineiras. "Denomina-se camelódromo o local, geralmente escolhido por
autoridade municipal, em que camelôs têm licença para exercer suas atividades".
Silvério Guedes é mineiro de
Barbacena, mas reside na Bahia desde 1984. Seus primeiros contatos com as artes
visuais aconteceram através da pintura quando ainda residia em sua cidade
natal. Na Bahia, utilizando a pintura, sua primeira participação em uma mostra
coletiva aconteceu em 1990, na Galeria O Cavalete. Outras participações em
mostras coletivas de pinturas aconteceram posteriormente em galerias e museus
baianos, inclusive em salões oficiais.
A fotografia passou a fazer
parte, de forma profissional, da vida do artista em 2007 e sua primeira
exposição individual, reunindo fotografias autorais, foi realizada em setembro
de 2009, no Centro de Cultura e Arte da Universidade Estadual de Feira de
Santana (Uefs).
Anteriormente, participou de mostras coletivas
e da IX Bienal do Recôncavo (2009) e posteriormente, realizou exposição
individual na Galeria da Associação Cultural Brasil Estados Unidos (2010).
Recebeu Prêmio de Aquisição no Salão de Artes Visuais de Vinhedo, São Paulo
(Setembro de 2011). Atualmente possui obras em acervos de galerias importantes
de Salvador e em acervos de instituições publicas relevantes. Este ano, no
período de 9 a 25 de maio, realizou exposição individual na Galeria de Arte da
Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
"Para fotografar os camelódromos, Silvério não se deteve no registro da amplitude da paisagem de
forma convencional, buscou ângulos e detalhes que passam a ideia de abstrações
ou imagens construtivas. Seu interesse maior é passar ao espectador uma nova
forma de imaginar a paisagem", ressalta o curador Justino Marinho.
Graduado em geografia, o
fotógrafo conhece os ensinamentos sobre as teorias do que é a paisagem, daí sua
sabedoria no momento de escolher os ângulos ou sobre a forma de interpretá-las.
As fotos foram feitas em horas
variadas durante o dia, aproveitando sempre os melhores momentos de incidência
de luz.
É óbvio que quem observa as
fotos na mostra, não faz ideia do que seja
realmente um camelódromo. Nos registros expostos, o lirismo e as sutilezas do
olhar artístico contrastam com a realidade. O título "Paisagem Fragmentada:
Série Camelódromo" pretende exatamente mostrar o ponto de partida das imagens e
o contraste entre o sonho e a realidade. O que poderia ser imagens banais
extraídas do cotidiano se transforma em visões originais e surpreendentes.
"A fotografia contemporânea dá
ao artista a liberdade de criação para invadir o mundo dos sonhos e criar
imagens interiores a partir de paisagens e objetos concretos", finaliza a
artista Lígia Aguiar.
Visitação: 15 de junho a
15 de julho, de segunda-feira a sábado, das 9 às 17 horas. Entrada Franca.
(Com informações de Ligia Aguiar)
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