Por Reinaldo
Azevedo
Sim, é
claro que existem pessoas com vergonha na cara nos partidos da base aliada,
concorde-se ou não com elas. Nem todo mundo de quem discordo é sem-vergonha, é
evidente. Há gente decente, embora eu possa considerar equivocada.
E os
decentes começam a reagir àquela nota absurda, assinada por seis partidos,
tramada por Lula, levada a efeito por Rui Falcão e assinada por seis
presidentes de legendas da base aliada. Acusa a imprensa de golpista por,
supostamente, estar se mobilizando contra Lula. Ainda que esta segunda acusação
fosse verdadeira (também é falsa), cabe a pergunta: o Apedeuta, por acaso, é
chefe de estado? Se verdadeiro, o ataque a ele seria "golpismo" por quê? A
presidente da República, salvo melhor juízo, se chama Dilma Rousseff.
Leia
trecho de reportagem de Eugênia Lopes, no Estadão Online:
Integrantes
do PMDB e do PDT reclamaram neste sábado da decisão dos presidentes Valdir
Raupp e Carlos Lupi de assinar nota, idealizada pelo PT, na qual seis partidos
da base aliada defenderam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acusaram
a oposição de tentativa de golpe. Divulgada na quinta-feira, a nota faz ataques
ao PSDB, DEM e PPS, após a oposição ameaçar pedir apuração sobre a suposta
relação do ex-presidente com o mensalão.
"É um
exagero. A oposição não está sendo golpista. Não existe golpe contra
ex-presidente", disse no sábado o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF). Ele e o
senador Pedro Taques (PDT-MT) divulgaram nota reclamando por não terem sido
consultados sobre o desagravo a Lula. "Se tivéssemos sido consultados seríamos
contra", afirmaram os dois senadores, na nota. "Além de ser um direito inerente
às oposições fazer críticas, em nenhum momento tocaram na presidenta Dilma.
Consideramos mais ameaçadoras à democracia as consequências dos imensos gastos
publicitários feitos pelos governos", escreveram.
Dirigentes
do PMDB também condenaram a atitude do presidente do partido, senador Valdir
Raupp (RO), de assinar a nota em defesa de Lula. "Ele (Raupp) puxou para o colo
do PMDB o mensalão. Nós não temos nada com isso", argumentou um peemedebista.
Na época do mensalão, o PMDB não era da base de apoio do governo Lula. "O PMDB
era de oposição e depois do mensalão é que o governo veio atrás da gente",
observou outro integrante do partido. "O Raupp renegou fatos históricos ao
tomar uma posição dessas e assinar a nota sem nos consultar."
Segundo
um parlamentar peemedebista, o presidente do PT, Rui Falcão, teria pego Raupp
de surpresa com a nota já assinada pelos outros cinco partidos. Sem saída,
Raupp chancelou a "Carta à Sociedade" e, depois, comunicou o vice-presidente da
República, Michel Temer, sobre o documento de solidariedade a Lula. "O Raupp
não teve capacidade de reagir", reclamou um peemedebista.
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(…)
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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