Por Reinaldo Azevedo
O candidato
do PT à Prefeitura de São Paulo, pelo visto, quer disputar o cargo com o apoio
de José Dirceu e Paulo Maluf, mas pretende esconder isso do eleitor. O primeiro
fez parte do grupo que montou o comando de sua campanha. O outro pertence à
coligação e certamente terá uma fatia de poder caso o petista vença. Sabem o
que é mais curioso? Haddad também acha esses apoios… "degradantes". Leiam o que
informa Daniela Lima, na Folha.
A
campanha de Fernando Haddad (PT), candidato à Prefeitura de São Paulo, declarou
à Justiça Eleitoral ser "manifestamente degradante" para ele ser associado aos
colegas de partido José Dirceu e Delúbio Soares e ao deputado federal Paulo
Maluf (PP), que integra sua chapa. Dirceu e Delúbio encabeçam a lista de réus
políticos do processo do mensalão. Maluf responde a ações por desvio de
recursos públicos.
A
declaração foi feita para justificar ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) um
pedido para que a corte proibisse a exibição de uma propaganda produzida pela
campanha de José Serra (PSDB), seu rival. A peça tucana vincula o petista aos
três personagens. Nela, Haddad aparece ao lado de fotos de Dirceu, Delúbio e
Maluf. "Sabe o que acontece quando você vota no PT? Você vota, ele volta",
repete o narrador a cada personagem exibido.
"A
publicidade é manifestamente degradante porque promove uma indevida associação
entre Fernando Haddad e pessoas envolvidas em processos criminais e ações de
improbidade administrativa", afirmam os advogados do petista, Hélio Silveira e
Marcelo Andrade. Na ação, a campanha ressalta que Haddad não é réu do mensalão.
"Haddad
não é réu naquela ação penal originária do Supremo. (…) Não pode por isso ter
sua imagem conspurcada por episódios que são totalmente estranhos à sua esfera
de responsabilidade." O texto diz ainda que "sempre que teve poder de
nomeação", quando era ministro, Haddad “nunca nomeou Delúbio, Maluf ou Dirceu”.
(…)
A Justiça negou o pedido do PT. O juiz Manoel Luiz Ribeiro afirma que "não se há que falar em degradação e ridicularização quando se estabelece a ligação entre o candidato e outros filiados a seu partido ou a partido coligado, ligação esta de conhecimento público e notório".
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A Justiça negou o pedido do PT. O juiz Manoel Luiz Ribeiro afirma que "não se há que falar em degradação e ridicularização quando se estabelece a ligação entre o candidato e outros filiados a seu partido ou a partido coligado, ligação esta de conhecimento público e notório".
"Da
mesma forma que um candidato pode ser beneficiado pelo apoio de
correligionários bem avaliados pela população, pode ele ser prejudicado pela
associação feita a políticos não tão bem avaliados", conclui o juiz.
(…)
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"(…)
Um comentário:
Que castigo! E Haddad pensando em consideração de Lula consigo,KKKK...
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