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sábado, 13 de agosto de 2011

"É faxina ou fachada?"

Por Ruth de Aquino
Dilma, apelidada de "a diarista" pela faxina ética no governo, não percebeu o lixo no Turismo porque não quis. Na Agricultura e nos Transportes, a presidente pegou firme na vassoura. Mesmo quem não votou nela apoiou.
Enfim, alguém começava a espanar os sujismundos em Brasília. Mas, no Turismo apadrinhado por Sarney, a diarista foi surpreendida pela limpeza promovida por 200 homens da Polícia Federal.
Só o PMDB apostava um centavo na lisura de um ministério comandado por Pedro Novais, conterrâneo do presidente vitalício do Senado, José Sarney. Para refrescar a memória, Novais, antes de assumir o Turismo, foi reembolsado pela Câmara por uma festa com 15 casais no Motel Caribe, de São Luís.
Octogenário como seu mestre, casado, Novais culpou os assessores pelo "erro". Assumiu um ministério que planejava investir R$ 257 milhões e treinar 230 mil pessoas para receber turistas na Copa do Mundo em 2014.
Isso não significa que o maranhense esteja implicado no novo escândalo - embora tenha pensado em pedir demissão. Os convênios fraudulentos para treinar agentes de turismo no Amapá e no Paraná foram assinados em 2009, quando o PT e a turma da senadora Marta Suplicy estavam no comando.
Pense bem: turismo milionário no Amapá? O Estado que em 2006 elegeu Sarney senador recebeu, no ano passado, 459 turistas estrangeiros. A maior atração é a pororoca.
Agora, a pororoca foi transferida para Brasília. Denúncias em cascata dão um ar de novela. "Insensata Corrupção" é acompanhada diariamente pelo povo. Gravações mostram empresários se tratando de "bicho" e "animal", no capítulo dedicado ao Amapá.
O ministro da Agricultura demitido por Dilma diz: "Eu não sou lixo". Esperamos que não seja reciclável.
Fonte: Revista "Época"

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