Por Celso Arnaldo de Araújo
Da Roma antiga, que ela não saberia localizar no mapa ou na História, a São José do Rio Preto, onde há poucos dias chamou as crianças de um conjunto habitacional de "esses pequenininhos brasileiros, esses brasileirinhos e essas brasileirinhas", as palavras desordenadas vão saindo aos solavancos, num diapasão de agonia, escoltadas pateticamente por gestos bruscos, mímicas de esforço e esgares atônitos, como se estivessem sendo trazidas a fórceps de um arquivo morto que há anos não é consultado e onde o material de pesquisa está todo embaralhado.
Pessoas têm ou não o dom da palavra - e não tê-lo não desmerece nem os políticos, que vivem sob permanente demérito. Um Jânio, um Lacerda, um Covas, mesmo um Arthur Virgílio só ocorrem raramente - geralmente há apenas um único grande tribuno em cada legislatura ou em cada governo.
Mas até os maus oradores têm lampejos: um chiste de cordel, uma tirada vulgar mas sagaz, um pensamento isolado que soa genuino e original, uma admissão autodepreciativa mas comovente. Com Dilma isso nunca acontece.
Se apenas não possuísse o dom da palavra, a presidente Dilma estaria plenamente absolvida. Teria certamente seus bons momentos, como todos têm. Mas ela nunca teve nenhum, pelo menos em público. Nunca lhe ouvi uma frase inteligente, um raciocínio límpido, um jogo de palavras com sentido lógico e algum requinte metafórico, um recurso dialético, um cacoete de estadista, um pensamento superior sobre o Brasil e suas mazelas.
Ao se expressar sobre virtualmente qualquer assunto, dos estádios de futebol aos mamógrafos, passando por todos os grandes temas nacionais, ela se mostra sempre muito abaixo da linha da pobreza de expressão.
Ao que tudo indica, não apenas uma pobreza vernacular, gramatical, sintática, lógica, metafórica, criativa - mas, possivelmente, a do pensamento insuficiente que precede a má palavra.
Fonte: "Blog do Augusto Nunes"
Da Roma antiga, que ela não saberia localizar no mapa ou na História, a São José do Rio Preto, onde há poucos dias chamou as crianças de um conjunto habitacional de "esses pequenininhos brasileiros, esses brasileirinhos e essas brasileirinhas", as palavras desordenadas vão saindo aos solavancos, num diapasão de agonia, escoltadas pateticamente por gestos bruscos, mímicas de esforço e esgares atônitos, como se estivessem sendo trazidas a fórceps de um arquivo morto que há anos não é consultado e onde o material de pesquisa está todo embaralhado.
Pessoas têm ou não o dom da palavra - e não tê-lo não desmerece nem os políticos, que vivem sob permanente demérito. Um Jânio, um Lacerda, um Covas, mesmo um Arthur Virgílio só ocorrem raramente - geralmente há apenas um único grande tribuno em cada legislatura ou em cada governo.
Mas até os maus oradores têm lampejos: um chiste de cordel, uma tirada vulgar mas sagaz, um pensamento isolado que soa genuino e original, uma admissão autodepreciativa mas comovente. Com Dilma isso nunca acontece.
Se apenas não possuísse o dom da palavra, a presidente Dilma estaria plenamente absolvida. Teria certamente seus bons momentos, como todos têm. Mas ela nunca teve nenhum, pelo menos em público. Nunca lhe ouvi uma frase inteligente, um raciocínio límpido, um jogo de palavras com sentido lógico e algum requinte metafórico, um recurso dialético, um cacoete de estadista, um pensamento superior sobre o Brasil e suas mazelas.
Ao se expressar sobre virtualmente qualquer assunto, dos estádios de futebol aos mamógrafos, passando por todos os grandes temas nacionais, ela se mostra sempre muito abaixo da linha da pobreza de expressão.
Ao que tudo indica, não apenas uma pobreza vernacular, gramatical, sintática, lógica, metafórica, criativa - mas, possivelmente, a do pensamento insuficiente que precede a má palavra.
Fonte: "Blog do Augusto Nunes"
Um comentário:
Alguém disse certa vez, que para presidente, senador, deputado federal, etc, o candidato deveria ter que passar por um bom teste de português, uma redação, por aí, no que eu concordo plenamente. Tenho a impressão de que depois de Lula, qualquer boçal se acha no direito de ser um representante do povo em Brasília ou em qualquer outro lugar! E não falo só dos Tiriricas, prá quem o povo deu o seu voto de protesto, mas também de alguns outros já em Brasília a mais tempo, que mal sabem fazer uma concordância verbal, dessas que machucam os ouvidos. Dilma, tenho a impressão de que deve ter feito até algum cursinho rápido prá desaprender o português, prá agradar o povão da bolsa família. Já a peguei falando tão mal, sem plurais e com concordâncias de doer...
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